Daniel du Blues em show especial

Ele sempre teve uma queda pelo blues. E mesmo quando tocava outros estilos, o guitarrista Daniel Fontoura sempre teve o que chama de “um sotaque de blues” em seus fraseados de guitarra.

Foi por isso que ganhou de um amigo, durante os anos que passou na Espanha, o nome artístico que o acompanha até hoje: Daniel du Blues.

Completando 33 anos de carreira com muita estrada e muita coisa para contar, o guitarrista festeja da melhor forma: fazendo (boa) música com os amigos, em um show especial, esta noite, no Teatro Waldemar Henrique, com entrada franca ao público.

Trata-se de uma produção da festa Black Soul Samba, a primeira noite aberta em um teatro, que o coletivo espera transformar em evento semestral, sempre com novos artistas.

Daniel toca ao lado de Dan Bordallo (piano), Maurício Panzera (baixo) e Edmilson Cadete (bateria), e também conta com participações especialíssimas no palco. “Vou ter muitos convidados.

Tem a cantora Estela Mourão, a cantora e gaitista Giselle Griz, o gaitista Val Fonseca, e ainda Uirá Seild Pinheiro, Homero da Cuíca e Sabá Netto. Os ensaios têm sido maravilhosos e com certeza vai ser um show muito interessante”, diz o músico.

No repertório, Daniel incluiu clássicos do blues dos anos 1910 e 1920, que já caíram no domínio público, músicas de Roberto Johnson, e ainda temas instrumentais e composições dele próprio.

Carioca, Daniel mora em Belém desde 1988 e desde então é figura constante na cena musical da cidade. Já foi guitarrista de bandas de rock de destaque, como Nó Cego e Solano Star.

Também fez parte, durante vários anos, da banda de Eloy Iglesias, Por último, participou da banda Carcaça de Playboy , ao lado do ex-Madame Saatan Ícaro Suzuki.

Mas Daniel nunca deixou de manter, em paralelo, as apresentações solo, sempre com foco no blues.

“Sempre gostei de blues, minhas influências de guitarra vêm de músicos bluseiros, como Jimmi Hendrix e Eric Clapton. Daí o apelido que ganhei de um amigo. Minha guitarra sempre teve esse ‘sotaque’. Eu quero tocar blues até o último dia da minha vida”, diz o guitarrista, que divide a rotina entre as apresentações contantes no circuito de bares de Belém e em festas como a Black Soul Samba, além do trabalho como produtor musical e como professor de música.

“Quem for até o teatro, vai ser um show muito legal. São 60 minutos de música, fizemos arranjos muito bacanas e os músicos são todos muito bons”, convida Daniel.

(Diário do Pará)