As cenas do Pará de Antonieta Santos Feio

O outro nome feminino na mostra é o de uma pintora belenense que buscou no trabalho urbano de mulheres comuns a referência para sua obra, refletindo também sobre as desigualdades sociais.

Ainda jovem, Antonieta Santos Feio (1897-1980), estudou pintura na Escola de Belas Artes de Florença, especializando-se na arte do retrato. Entre os trabalhos mais famosos da artista estão “Mendiga” (1951), integrante do acervo do Museu de Arte de Belém (Mabe), e “Vendedora de Cheiros” (1947).

Segundo o curador-chefe da Bienal do Mercosul, esta edição será construída considerando o substrato histórico da arte e sinalizando para uma dimensão de excelência e significado cultural e artístico da produção histórica e contemporânea.

Para isso, apresentará também um vasto número de obras canônicas e não canônicas, perfazendo um amplo arco histórico do início do século 18 até a produção atual, incluindo algumas peças arqueológicas.

Os paraenses que tiveram suas obras escolhidas estarão em diferentes exposições da mostra, que conta com oito no total: “A Casa das Bienais”, “Biografia da Vida Urbana”, “Modernismo em Paralaxe”, “Antropofagia Neobarroca”, “Olfatória: O Cheiro na Arte”, “Aparatos do Corpo”, “A Poeira e o Mundo dos Objetos” e “Marginália da Forma”. Atividades voltadas para a formação profissional no campo curatorial e o desenvolvimento de um programa educativo também integram as ações desta edição.

(Diário do Pará)