É a segunda vez que o DIÁRIO se aventura pelo universo dos livros de colorir ao trazer hoje, encartada em sua edição dominical, uma publicação totalmente dedicada ao aniversário da capital paraense: o livro “400 Anos de Belém”. Nesse projeto apostaram também o Banco da Amazônia, o Boulevard Shopping, a Claro e a Hapvida, todos contando com um sexto parceiro, o designer Filipe Almeida, um ilustrador não por formação, mas por amor à arte.
“Meu primeiro trabalho com ilustração foi ainda na universidade fazendo cartazes para encontros de estudantes de Comunicação. Meus primeiros trabalhos também foram muito relacionados aos festivais de música e espetáculos de teatro. Tanto que hoje produzo muita coisa voltada pra área cultural”, comenta. Aos 27 anos, formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Pará e especialista em Design Gráfico pelo Senac São Paulo, ele conta que aprendeu muito com as experiências que teve elaborando os livros feitos sob encomenda para o DIÁRIO.
O primeiro foi o “Círio em Cores”, encartado ano passado pelo jornal, um projeto que Filipe afirma ter feito com prazer, mas que também foi um exercício de paciência e dedicação na elaboração de cada desenho. “Neste tipo de publicação se privilegia muito a quantidade de elementos e detalhes para que o leitor possa explorar bem as figuras. O ‘400 Anos de Belém’ um livro voltado para adultos, mas como o outro [‘Círio em Cores’] acredito que vai fazer muito sucesso com as crianças também, já que converso muito com o lúdico e apresento diversos aspectos interessantes da cidade”.
Seja um livro de colorir ou tantos outros trabalhos que acabaram levando Filipe para o universo da ilustração, seu processo criativo baseia-se, principalmente, em pesquisas e vivências. “Busco referências e a partir daí começo a visualizar como a minha narrativa gráfica se aplica ao objeto que quero trabalhar, como os meus traços podem transmitir uma ideia, despertar um sentimento, provocar”, diz ele.
INSPIRAÇÕES
Envolvido desde muito cedo com a linguagem visual, não foi só em livros que o artista encontrou novos traços e inspirações. “Passei um ano viajando por toda a América do Sul, outras vezes passei algum tempo viajando pela Amazônia e Nordeste do Brasil. Nessas oportunidades sempre fotografo, pesquiso e faço muitas vivências. Meus desenhos são muito inspirados na cultura popular e no fantástico, pesquiso grafismos indígenas, arqueologia, vestimentas de danças e expressões folclóricas, traços étnicos, joias, costumes de populações tradicionais, música e literatura”, conta Filipe.
O resultado de tantas experiências está presente nas estampas que cria, nas soluções que busca para seus traços, nos objetos que representa e em seu próprio olhar sobre os temas que busca trabalhar nas ilustrações. Foi o que ocorreu durante a elaboração do livro “400 Anos de Belém”, em que o artistas trouxe elementos variados para compor uma visão sobre a cidade, tais como sua culinária, arquitetura, periferia, folclore, saberes e costumes.
Filipe afirma que Belém e a Amazônia são temas muito recorrentes em seus trabalhos. “Sou muito grato por ter nascido aqui e estar imerso nessa profusão cultural. É uma oportunidade muito valiosa pra mim, poder mostrar o meu olhar sobre esse lugar tão especial e particular do mundo”, diz ele.
O artista fez 18 ilustrações inéditas para o livro encartado hoje no DIÁRIO para os leitores usarem a criatividade e se divertirem. A Gerente de Marketing da RBA, Daniella Barion, reitera o sucesso que tem sido o projeto e seu maior objetivo, presentear os paraenses. “O livro de colorir ‘Círio em Cores’ foi muito bem recebido pelos leitores do DIÁRIO, o que nos incentivou a repetir a dose, agora para os 400 anos de Belém. Assim presenteamos o nosso leitor com um livro e com desenhos inéditos do Filipe”.
(Lais Azevedo/Diário do Pará)
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