O fogo que consome a reserva indígena Mãe Maria, localizada em Bom Jesus do Tocantins no sudeste paraense, já atingiu as 30 aldeias localizadas no local. A reserva abriga quatro povos indígenas, Gavião Akrãtikatêjê, Gavião Parkatêjê, Guarani e Guarani Mbya e abriga mais de 1.300 indígenas.
De acordo com o indígena Ayron, que mora em uma das aldeias Kyikatejê, o fogo começou a consumir a área em meados do mês de julho, e aumentou sua criptação nos últimos dias. “O fogo já está desde julho, já consumiu praticamente tudo, animais morreram queimados, árvores estão sendo queimados, muita destruição”, disse ele.
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Uma casa na reserva foi consumida pelo fogo, mas os indígenas agiram rápido para apagar as chamas.
O Corpo de Bombeiros de Marabá foi mobilizado para combater o fogo, mas a dimensão e a intensidade do incêndio têm dificultado os esforços de contenção. As condições climáticas adversas, com ventos fortes e vegetação seca, favorecem a rápida propagação das chamas, tornando o controle ainda mais desafiador para as equipes de emergência.
“Pedimos que venha pelo menos um helicóptero para nos ajudar, jogando água em cima do fogo”, declarou.
Possuindo mais de 62 mil hectares, a terra indígena Mãe Maria é cortada por uma linha de transmissão da Eletronorte, originada na Usina Hidrelétrica de Tucuruí e pela Estrada de Ferro Carajás, da Vale, em um trecho de 18 quilômetros.
Além disso, a reserva também é cortada pela Rodovia BR-222, numa extensão de 20,8 quilômetros e com abrangência de 80 metros de largura, ligando Marabá a Bom Jesus do Tocantins, Abel Figueiredo, Rondon do Pará e Dom Eliseu.
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