Quantidade de coletivos na cidade volta a gerar debate  

Quem necessita de transporte coletivo em Marabá, no sudeste do estado, enfrenta diariamente problemas com a demora, superlotação e a quantidade insuficiente de veículos para atender a demanda.

A espera chega a passar de uma hora. Segundo os usuários, o problema se agravou ainda mais, quando a frota foi reduzida por causa da pandemia da Covid-19.

O tema do transporte público da cidade foi palco de discussão na sessão da Câmara Municipal nesta terça-feira (14). Ao usar a palavra, o presidente da Comissão de Transportes, vereador Dato do Ônibus, informou que não vê um plano de governo por parte do executivo, um projeto a curto, médio e longo prazo para resolver a questão do transporte público na cidade.

“Vários modais de transportes foram criados e acabaram prejudicando o transporte coletivo de massa. Eu sempre defendo essa modalidade, porque dá acessibilidade a quem precisa: idosos e deficientes. O terminal de integração não vai resolver, precisaria ter bem mais estrutura, que faria a interligação com outros terminais”, destacou.

O vereador informou ainda que no próximo dia 23 ocorrerá uma reunião com a empresa, executivo e segurança institucional, sindicatos de transporte e todos os interessados. “Precisamos de uma interligação nos fundos dos bairros, criar novas linhas, porque os ônibus não passam onde a população está. Marabá não pode ficar sem transporte público, não importa qual empresa, ela tem de prestar um serviço de qualidade e atender a população”.

O vereador Cabo Rodrigo enfatizou que esteve no terminal de integração e afirmou que dois ônibus novos climatizados chegaram, e que os demais devem aportar nos próximos dias.

O vereador Ilker Moraes disse que não sabe se a situação é para sorrir ou chorar. “Isso é deprimente. Comemorarmos a chegada de dois ônibus na cidade é complicado. Primeiro que o contrato previa 13 ônibus há um ano. Os poderes constituídos precisam tomar medidas. Esse conta gota de ônibus novos climatizados vai se estender, e a sociedade paga por isso, o que nos indigna muito e eu não posso comemorar isso”.

Márcio do São Félix criticou o terminal de integração que ainda está em construção, pela dimensão minúscula, na visão dele. “Não sou expert no assunto, mas percebo que ali será um faz de conta. Vai gerar um colapso, lá tem uma baia que receberá 2 ônibus por vez no embarque e desembarque. Só dois por vez. Precisamos dos engenheiros com dados sobre o local, para sabermos quantos ônibus e linhas teremos para atender a população. Na minha visão a conta não fecha, ficará veículo esperando a vez para entrar”, ironizou.