Desde que surgiram casos suspeitos da Síndrome de Haff, mais conhecida como urina preta, muitas pessoas estão com receio de comer peixe e crustáceos.
Em Marabá, a situação não é diferente. Mesmo com os preços baixos, as vendas despencaram. A Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa) garantiu que o peixe comercializado na cidade está aprovado para o consumo.
Uma coletiva de imprensa foi convocada nesta terça-feira (21) com o intuito de tranquilizar e esclarecer a população sobre a Síndrome de Haff, onde participaram representantes da Divisão de Vigilância Sanitária, pesquisadores da Unifesspa e um representante da Colônia dos Pescadores Z-30.
Segundo o representante da Colônia Z-30, Edvaldo Ribeiro, existem cadastrados uma média de 600 pescadores, os prejuízos são imensuráveis. “Esse esclarecimento é importante para o povo, porque não há nenhum caso comprovado em Marabá. O peixe é um dos alimentos mais saudáveis, mas a população está apavorada, com medo de comer o peixe, por isso agradecemos esse esclarecimento”, declara.
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Vendedores de peixes reclamam da baixa procura em Marabá
Dez casos da doença estão sendo investigados no Pará, segundo informou a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) na noite desta terça-feira (21). Os casos monitorados são: três em Belém, cinco em Santarém, um em Trairão e um em Almeirim.
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SÍNDROME DE HAFF
A doença da urina preta ou Doença de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui, o badejo e a arabaiana ou crustáceos (lagosta, lagostim, camarão). Quando o peixe não foi guardado e acondicionado de maneira adequada, ele cria uma toxina sem cheiro e sem sabor. Ao ingerir o produto, mesmo cozido, a toxina provoca a destruição das fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro dessas fibras no sangue, ocasionando danos no sistema muscular e em órgãos como os rins.
No Brasil, foram registrados casos da doença em 2008 com algumas espécies de água doce como o Pacu, tambaqui e pirapitinga, bem como peixes de água salgada, como a arabaiana/olho-de-boi e badejo, além de casos em 2016 e, agora, em 2021.
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