A vacinação contra a covid-19 e o uso de máscara e álcool 70%, ainda são os maiores aliados da população contra a covid-19. A afirmação é do médico infectologista Harbi Othman, que orienta a população para manter e reforçar a prevenção contra o coronavirus, que ainda continua vitimando pessoas em todo o mundo, inclusive em Marabá no sudeste paraense.
“Em alguns lugares já começou a aumentar novamente. O Pará com a data de 16 de novembro é o 3º estado do país com o pior índice de vacinação. E a gente está vendo o reaparecimento da pandemia em países com índices bem melhores do que o brasileiro, como a Europa, por exemplo, inclusive com lockdown", declarou. "Então a gente vê muito nas ruas, as pessoas já tentando abandonar o uso de máscara, aglomerações que não eram vistas a pouco tempo, isso pode interferir sim no reaparecimento da pandemia, além das novas variantes”, comenta o médico.
Nos últimos quinze dias, o aumento na procura por atendimento no Hospital Municipal de Marabá (HMM), de pacientes com sintomas gripais, chama a atenção dos profissionais de saúde, já que a média de atendimento no pronto socorro covid, antes de 30, agora oscila entre 120 a 140, por dia. Os dados servem de alerta para os cuidados contra a covid-19, a exemplo da vacina, disponibilizada pela Prefeitura, em mutirões semanais pela cidade, bem como, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, todas as sextas-feiras.
“As vacinas, que estão sendo liberadas no Brasil, foram amplamente estudadas, documentadas, têm benefícios comprovados, e algum efeito adverso que tiver é o mesmo que qualquer vacina pode ter, é mínimo. O objetivo principal da vacina é não evitar que a gente pegue a doença e se a gente pegar que não evolua para doença grave ou óbito”, afirma o infectologista.
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Dr. Harbi defende a eficácia da vacina, relembrando o combate às doenças conhecidas como a varíola (catapora) e a poliomielite (paralisia infantil). Ele também demonstra em números os resultados da imunização. “Nos Estados Unidos mais de 95% por cento das pessoas que morrem, hoje, são as não vacinadas, é simples fazer o nexo. No Brasil, em vários locais temos índices superiores a 90% e em caso de internação esse valor também é alto, 80 a 90% são pessoas que não foram vacinadas. Se as pessoas querem voltar a uma vida normal, tem de entender que é a vacinação que vai nos levar a isso novamente, adesão à vacina. Seguir os cuidados, higienização das mãos. Ao meu ver, abandonar o uso da máscara é um erro, é precoce”, alerta.
Há 10 meses, a enfermeira Paula Verner trabalha no setor covid do HMM, e tem percebido o aumento da demanda no pronto socorro, desde o inicio do mês de novembro. “O fluxo está bem maior, de 14 testes que nós fazemos, nasal, 10 dão positivo para a covid. Então, o vírus está aí, não escolhe perfil, temos muitos jovens. Vamos usar a máscara, tomar a vacina”, alerta.
Vale ressaltar que no município de Marabá mais de 161 mil só receberam a 1ª dose e cerca de 76 mil pessoas procuraram a 2ª dose. A terceira está liberada para pessoas acima de 18 anos com intervalo mínimo de seis meses da segunda aplicação.
Atualmente, em Marabá, apenas o HMM dispõe de 10 leitos de UTI Covid e 16 leitos de enfermaria para pacientes com a doença, recebendo pessoas de Marabá e outros municípios infectadas com o coronavirus. O médico generalista Weslen Oliveira, coordenador da área covid do HMM, reforça os cuidados, já que os 10 leitos de UTI Covid tem estado, geralmente, 100% ocupados.
“Temos notado um aumento considerável na área covid, principalmente com quadros mais leves, às vezes, chegando até 150 atendimentos por dia. Muitos pacientes com quadro de síndrome gripal, já passaram pelo o uso da segunda dose da vacina. Hoje temos uma UTI com 10 leitos, e com 9 pacientes positivos para covid. A grande maioria portadores de comorbidades, muitas das vezes estão internadas muito mais pelo agravo das doenças secundárias, do que propriamente pela covid. Acabo reiterando, mesmo as pessoas com as duas doses da vacina precisam continuar com os cuidados. Se vacinem”, afirma o médico.
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