A Defesa Civil em Marabá no sudeste paraense entregou nesta terça-feira (4) 80 abrigos, com capacidade de ampliação para mais 40, para atender cerca de 235 famílias atingidas pelas cheias dos rios Tocantins e Itacaiúnas, os dois que banham o município. Outros cinco locais já dispõe de famílias que foram atingidas pelas cheias dos rios. Os abrigos foram construídos pela Secretaria de Viação e Obras Públicas (Sevop), na praça Paulo Marabá, entrada da Marabá Pioneira, ponto que não é atingido pelas águas.
Até ao meio dia desta terça-feira, o nível do rio Tocantins registrava 11,38 metros acima do leito normal, uma elevação de 20 centímetros nas últimas 18 horas. De acordo com a Defesa Civil, já somam mais de 200 famílias atendidas com transporte para abrigos ou casas de amigos e parentes.
A preocupação é ainda maior porque segundo o Boletim Informativo de Vazões e Níveis do Rio Tocantins, da Superintendência de Gestão de Operação do Sistema da Eletronorte, a previsão é que até a próxima sexta-feira (7), o nível do rio chegue a 13,25 metros. O nível de alerta é 10 metros.
Essa oscilação no período em que se começa a encher o rio tem pegado muitos de surpresa. Para se ter uma ideia, no ano passado o rio Tocantins só chegou ao nível de 10 metros no dia 1º de março de 2021, período em que as primeiras famílias começaram a ser atingidas. No final de fevereiro o nível do rio já estava elevado, mas não havia obrigado os moradores a saírem de suas casas.
EMERGÊNCIA
Na manhã desta segunda-feira (03), o prefeito de Maraba´Sebastião Miranda, decretou estado de emergência no município em razão das cheias dos rios Tocantins e Itacaiúnas. A Seaspac, Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários, iniciou o cadastramento das famílias atingidas para acolhimento com colchões, kits de higiene, distribuição de cestas básicas e atendimento médico.
Com o avanço do nível do Rio Tocantins e o aumento do número de famílias desabrigadas, a Defesa Civil do Município, se reuniu na manhã desta segunda-feira (03) com representantes do Corpo de Bombeiros, Exército e o Secretário Regional de Governo, João Chamon Neto, para deliberar sobre as ações de atendimento às famílias atingidas pela enchente. A reunião aconteceu na sede da Secretaria Regional de Governo, onde foi formado o Gabinete de Gerenciamento de Crise para enfrentamento das consequências da enchente no município de Marabá.
“Estamos todos muito preocupados pela cheia atípica e a prioridade é absoluta para Marabá. Já definimos todo o planejamento para os próximos dias, ampliamos os abrigos e o governo municipal está decretando o estado de emergência para que possamos efetivamente dar o apoio necessário para o atendimento à população dando o necessário para minimizar o sofrimento dessas famílias”, relatou João Chamon Neto, Secretário Regional de Governo.
PLANO DE CONTINGÊNCIA
De acordo com a Defesa Civil do município, os principais pontos de alagamentos são o bairro de Santa Rosa e Vila Canaã, na Marabá Pioneira, Folha 33, pontos do bairro Amapá, Carajás I e II e bairro Filadélfia, além do balneário do Taboquinha.
“Estamos com 18 veículos para atender a população neste momento, sendo 6 caminhões do Exército, sendo que cada um dos veículos conta com 5 homens para auxiliar na retirada das famílias de áreas alagadas. Na praça Paulo Marabá, estamos finalizando a construção dos abrigos e disponibilizando para as famílias que estão chegando aqui”, informou Jairo Milhomem, coordenador da Defesa Civil.
A Prefeitura de Marabá, em conjunto com o Exército e Governo do Estado estão executando o Plano de Contingência.
A Defesa Civil já está com seis abrigos montados, sendo três na Marabá Pioneira (Z-30, Antiga Borges Informática, Cinco de Abril), dois na Nova Marabá (Folhas 31 e 32) e um na Cidade Nova (Em frente a Obra Kolping), e está construindo mais dois, sendo um na Praça Paulo Marabá, e outro na Avenida Sororó.
Além disso, a Defesa Civil dispõe de 18 caminhões para a mudança das famílias atingidas pelas cheias, seja para os abrigos disponibilizados pela Prefeitura ou para casa de parentes, dos quais seis caminhões são do Exército estão disponibilizados, com cinco soldados cada. No momento, a Defesa Civil registra 235 famílias atendidas, sendo 103 em abrigos e o restante em casas de familiares.
A Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) está cadastrando essas famílias para acolhimento com atendimento médico, distribuição de kits de higiene pessoal, cestas básicas, colchões e água potável. (Com Ascom e Eletronorte)
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