As cheias dos rios em Marabá, no sudeste do Estado, continuam avançando. Na manhã deste sábado (15), o Tocantins amanheceu com 12,76 metros, o que representa um aumento de 20 centímetros nas últimas 24 horas.
Em vídeo publicado no final da tarde de sexta-feira (14), nas redes sociais, o governador Helder Barbalho (MDB) anunciou que o governo estadual construirá abrigos para receber 300 famílias no período de chuvas intensas, em atendimento a uma solicitação da Prefeitura de Marabá. O chefe do Executivo Estadual confirmou o envio, neste sábado (15), de mil colchonetes para os desabrigados e desalojados.
Com a iniciativa privada já está sendo firmada uma parceria para doação de mais cestas de alimentos, que se somarão às que já foram entregues pelo Estado, além de água mineral. "Vamos continuar trabalhando. A hora é de termos solidariedade e empatia em favor dos moradores de Marabá", reforçou Helder Barbalho.
Órgãos de Segurança Pública do Pará estão mobilizados para atender a população atingida pelas cheias dos rios Tocantins e Itacaiúnas em Marabá, no sudeste do Estado. A Polícia Militar está enviando viaturas e militares de vários batalhões ao município para agilizar o atendimento à população.
De acordo com a Prefeitura de Marabá, as enchentes atingiram famílias nos bairros Marabá Pioneira, Liberdade, Independência, Bairro da Paz, Novo Planalto, Amapá, Folha 33, 6, 8, 14 e 25 e no Núcleo de São Félix. Dessas famílias, 527 estão nos abrigos, 879 em casas de parentes e amigos, e o restante é de ribeirinhos ou de pessoas ilhadas no segundo piso dos imóveis, resistindo a sair das residências.
Na última terça-feira (11), Helder Barbalho esteve na sede municipal de Marabá, e durante quase quatro horas verificou os estragos causados pelas cheias, e iniciou a entrega de 2,5 mil cestas de alimentos para famílias vítimas das cheias. Antes disso, no dia 06, representantes dos órgãos de Segurança Pública se reuniram para detalhar estratégicas e distribuição de kits de ajuda humanitária, e fizeram sobrevoos para verificar a extensão dos danos.
Cadastro - De acordo com o major Bruno Freitas, coordenador de Operações do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CMB-PA), a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil está atuando em cinco cidades em situação de emergência, e há outras 12 em situação de alerta. "Hoje estamos com nove mil pessoas desalojadas e 1,3 mil desabrigadas. As Defesas Civis municipais estão cadastrando famílias e dando início aos processos de declaração de situação de emergência, para poder receber a ajuda humanitária. Depois das 2,5 mil cestas em Marabá, esse número certamente irá aumentar, porque outros municípios vão solicitar à Coordenadoria Estadual", informou.
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O coordenador reforçou que se trata de um momento crítico na região em função do chamado inverno amazônico, período de chuvas intensas, que aumentam substancialmente os níveis dos rios. "Muitos municípios estão sofrendo com alagamentos e chuvas intensas, e a orientação é a seguinte: diante de qualquer sinal de emergência é preciso entrar em contato com os números 193 ou 190 e se retirar de casa, porque a prioridade é a vida. Em caso de necessidade, a pessoa deve buscar o quartel mais próximo do Corpo de Bombeiros ou coordenações municipais da Defesa Civil, que são os responsáveis por acionar o Estado, para que haja uma soma de esforços voltada a atender emergências", ressaltou o major Bruno Freitas.
O Corpo de Bombeiros está na fase inicial do cadastro das pessoas atingidas pelas chuvas em Marabá, em atendimento ao Decreto Estadual n° 2.117/2022, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), de 13 de janeiro de 2022, que determina o pagamento de um salário mínimo para cada família em situação de vulnerabilidade. Ainda não há o total de famílias contempladas pelo programa emergencial do governo do Estado.
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