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Desempregados são vítimas de estelionato no Sine de Marabá

As vítimas chegaram a depositar dinheiro na conta do suposto empregador

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Imagem ilustrativa da notícia Desempregados são vítimas de estelionato no Sine de Marabá camera Vítimas estavam em busca de uma vaga de bombeiro civil | Divulgação PMM

O sonho de conquistar a tão sonhada vaga no mercado de trabalho se tornou um pesadelo para trabalhadores que foram vítimas de um golpe aplicado por um suposto empregador no Sine (Sistema Nacional de Emprego), de Marabá, no sudeste do estado.

As vagas ofertadas eram para o cargo de Bombeiro Civil. As vítimas chegaram a depositar dinheiro na conta do suposto empregador, antes mesmo de serem contratadas.

Com lábia, o homem convenceu as pessoas a depositarem o dinheiro que seria para o pagamento de uniforme e compra de Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Uma das vítimas foi o esposo da servidora pública Edinalva Leal Ferreira, Anderson Ferreira, que é bombeiro civil e está desempregado. Ele se cadastrou no último dia 1º para uma das vagas ofertadas pelo órgão para atuar em uma empresa de Marabá.

“Meu esposo se inscreveu para uma dessas vagas. Ele foi até o Sine. Chegando lá ele fez os protocolos que costumam fazer, que é a inscrição dos candidatos, e à tarde ele voltaria para fazer a entrevista”, contou a mulher, acrescentando que nesse intervalo o suposto empregador entrou em contato pedido para o esposo dela depositar a quantia de R$ 445,00 e o pagamento foi efetuado.

No entanto, quando o marido retornou no período da tarde ao prédio do Sine para fazer a entrevista, o suposto empregador não apareceu. “O Sine não é responsável por nada, mas então quem é o responsável pelo nosso prejuízo? A quem devemos recorrer?”, questionou a mulher. O marido dela procurou a polícia para registrar o Boletim de Ocorrência e um advogado para auxiliar nos procedimentos.

SINE

O coordenador do Sine de Marabá, Reinaldo Barbosa, por sua vez, confirmou que um suposto empregador aplicou um golpe nas vítimas. “Esse empregador ofertou as vagas, nós solicitamos o CNPJ da empresa para o qual seria as vagas e fizemos a abertura no nosso sistema. Estavam disponíveis duas vagas para bombeiro civil. Nós fizemos a divulgação das vagas normalmente como as outras empresas fazem”, explicou.

Coordenador do Sine de Marabá, Reinaldo Barbosa, confirmou que um suposto empregador aplicou um golpe nas vítimas
📷 Coordenador do Sine de Marabá, Reinaldo Barbosa, confirmou que um suposto empregador aplicou um golpe nas vítimas |Reprodução RBATV

No dia seguinte os candidatos para o perfil das vagas compareceram à sede do Sine, na Marabá Pioneira. “O empregador nos informou que a entrevista para os candidatos seria aqui no Sine, às 16h. Os candidatos para as vagas vieram e pegaram a carta de encaminhamento”, contou o coordenador do órgão.

Nesse intervalo, entretanto, o suposto empregador solicitou que o Sine enviasse os currículos dos candidatos para fazer uma pré-seleção. Os documentos foram enviados, ocasião em que o suposto empregador entrou em contato com os candidatos e solicitou o dinheiro.

“Um dos trabalhadores fez contato com o Sine questionando sobre essa situação de fazer depósito para o empregador. Nós informamos para que ele não fizesse nenhum depósito e imediatamente fizemos contato com todos os candidatos para informá-los que não fizesse nenhum depósito”, informou Reinaldo Barbosa.

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Após isso, o coordenador do Sine entrou em contato com o empregador e conseguiu falar com ele. Mas, próximo ao horário da entrevista tentou novamente, sem sucesso. “Nós fizemos a busca, o CNPJ estava regular, fizemos a abertura, mas infelizmente a gente acabou passando por essa situação”, lamentou.

INQUÉRITO POLICIAL

Pelo menos duas pessoas que foram vítimas do estelionatário foram à 21ª Seccional de Polícia Civil para registrar Boletim de Ocorrência. “A gerência do Sine adotou as providências administrativas, que são o protocolo de atendimento, no entanto, trata-se de golpistas. O próximo passo da polícia é verificar in loco, a sede dessa empresa”, informou o superintendente regional de Polícia Civil, delegado Vinícius Cardoso.

"O próximo passo da polícia é verificar in loco, a sede dessa empresa”, afirma o delegado Vinícius Cardoso
📷 "O próximo passo da polícia é verificar in loco, a sede dessa empresa”, afirma o delegado Vinícius Cardoso |Reprodução RBATV

O CNPJ da empresa está inscrito em Belém. “Nós vamos diligenciar a fim de identificar as pessoas que figuram no contrato dessa empresa e um outro passo é identificar e localizar a pessoa titular da conta que foram creditados os valores. Esses serão os próximos passos da polícia, a fim de identificar e localizar esses fraudadores”, adiantou o policial. (Com Informações de Elioenay Brasil / RBATV)

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