Marabá, no sudeste do estado, ganhou um presente mais que especial nesta terça-feira (05), data em que a cidade comemora 109 anos. A mineradora Vale assinou contrato para início das obras de instalação da usina de Tecnored com a capacidade de produção de até 500 mil toneladas de ferro gusa.
O investimento é de mais de R$ 1,6 bilhão. O governador Helder Barbalho participou da solenidade e ressaltou que a medida é importante para agregar valor ao minério paraense e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico da região.
"A mineração é uma das principais vocações de nosso Estado, mas é fundamental que nós possamos dar um passo adiante. Apenas a extração do minério em nosso Estado não é o que o Pará pensa e a sociedade espera de um modelo de desenvolvimento. É fundamental que haja a verticalização e que possamos agregar valor porque isso significa geração de emprego. A população precisa de emprego e renda", destacou o governador.
O governador relembrou que a Vale tem um passivo histórico com o Estado do Pará com a exploração de minérios brutos e baixo retorno para os paraenses. "Eu desejo que a Vale e outras operadoras de minério no Pará possam ter a consciência que de que o Estado é determinante para estas atividades e reivindica que esta atividade seja de uma cadeia produtiva e que possa, cada vez mais, fortalecer a economia paraense", cravou.
De acordo com a Vale, o início das operações está previsto para 2025. A meta da mineradora é operar a planta com 100% de biomassa até 2030. "A implantação da Tecnored representa um passo importante na transformação da mineração, contribuindo para tornar a cadeia do processo cada vez mais sustentável. O projeto Tecnored é de grande importância para a Vale e para a região e trará ganhos de competitividade, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento para a região", afirma o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo
Geração de 2,6 mil empregos
O projeto, que será implantado no Distrito Industrial do município, permitirá a produção de ferro gusa com baixa emissão de carbono (gusa verde), e deverá gerar, na fase de implantação, 2,6 mil empregos diretos e indiretos e 400 postos de trabalho na fase operacional. Ao longo de toda a sua vida útil, o projeto tem a expectativa de gerar R$ 15,2 milhões em salários por ano e R$ 350 milhões em exportações anualmente.
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De acordo com a mineradora, a iniciativa conta com uma tecnologia inovadora que permitirá a produção de ferro-gusa (usado na fabricação do aço) a partir da substituição de combustível fóssil por biomassa, reduzindo significativamente as emissões de carbono. Desenvolvida ao longo dos últimos 35 anos, a tecnologia permite, ainda, a eliminação de etapas anteriores à produção do aço na usina siderúrgica, proporcionando a redução na emissão de gases do efeito estufa.
"É um processo de fazer ferro gusa de forma diferente. Que não polui e não usa carvão mineral. É um semielaborado. Temos que depois cobrar o próximo passo, que é de minério elaborado e verticalizar de fato a mineração", ponderou o prefeito Tião Miranda.
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