Obras de duplicação da ponte iniciam neste mês de agosto

As obras de duplicação da ponte rodoferroviária sobre o rio Tocantins em Marabá no sudeste paraense irão começar já nas próximas semanas. A informação foi confirmada pela mineradora Vale em entrevista na manhã desta quarta-feira (10) na Rádio Clube FM 100,7 Mhz. A previsão era de que a ponte começasse a ser construída em 2023, mas a Vale conseguiu antecipar a programação.

O investimento total da obra é na ordem de US$ 830 milhões, ou (R$ 4,3 bilhões) e tem um prazo de cinco anos para conclusão. A previsão de empregos no pico das obras (segundo ano das obras de construção civil) é de 1.600 empregos diretos.

Agora no mês de agosto iniciam serviços preliminares como a construção de canteiros e terraplanagem do lado do núcleo São Félix.

De acordo com Plínio Tocchetto, Gerente Executivo do Projeto da nova Ponte, a duplicação vai permitir um aumento da infraestrutura de transporte de toda a região. "Não somente para Marabá, mas para todo o sudeste do Pará onde vai ter mais capacidade de transporte de carga e de pessoas com muito mais segurança", explicou.

Por ser dentro da cidade, as obras devem resultar em alguns transtornos de logística tanto para os condutores quanto os transportadores. "Estamos criando rotas especiais para que evitemos percorrer as comunidades locais ao máximo possível deixando para isso somente o que for inevitável", declarou. "Estamos tendo todo cuidado em estar atentos às comunidades locais porque temos o maior interesse em causar o menor impacto possível e que as pessoas de fato, assim como estão recebendo a obra muito bem, tenha-se a mesma percepção quando a obra estiver sendo entregue", enfatizou Plínio Tocchetto.

DUAS PONTES EM UMA

O projeto da nova ponte sobre o rio Tocantins consiste na construção de duas pontes, uma exclusivamente rodoviária e outra exclusivamente ferroviária, cada uma com 2,3 km de extensão. As construções ampliarão tanto a capacidade de transporte de minério e outras cargas como desafogará o trânsito rodoviário na ponte existente sobre o rio Tocantins.

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As duas pontes serão paralelas, construídas na distância de 300 metros da ponte original, à montante do rio. "Essas duas pontes tem estrutura totalmente independente e para quem olhar de fora elas serão muito semelhantes, com pilares em concreto e as vigas que fazem as conexões entre os pilares em estruturas metálicas", disse Plínio Tocchetto, Gerente Executivo do Projeto da nova Ponte.

A novidade é que os pilares serão construídos no solo, em peças pré-moldadas que depois serão montadas no lugar dos pilares ao longo do rio. "De forma que se evite o número de trabalhadores que ficarão na altura e ao risco que isso oferece", disse.

Outro detalhe importante é que as duas pontes (rodoviária e ferroviária) serão construídas ao mesmo tempo. "Para quando findar o projeto as duas estejam habilitadas e disponíveis tanto para o transporte rodoviário quanto para o ferroviário", esclareceu o gerente de projetos da Vale.

Diferente da situação existente na atual ponte, de mão inglesa (ou seja, a rodovia indo do lado esquerdo da ponte para quem sai de Marabá por exemplo), esta nova ponte terá a mão no padrão brasileiro (quem vai pela direita, pela direita da ponte).

"Está previsto em nosso dimensionamento e previsão de que todo o transporte de carga seja feito pela nova ponte, os veículos leves poderão escolher onde transitar, pela ponte nova ou pela ponte atual, mas claramente que a ponte atual vai ficar sendo usada mais pelos veículos leves sem interferência do trânsito pesado que vai estar direcionado para a ponte rodoviária nova", disse Plínio Tocchetto.

CONTRATAÇÕES

Todas as contratações para o trabalho da duplicação da ponte será feita em parceria com o Sine de Marabá, que ficará a cargo de divulgar as vagas à medida que as obras avencem e os profissionais específicos sejam demandados. "De início teremos um tipo de serviço que está mais ligado a supressão vegetal, terraplenagem de base, drenagem e remoção de interferências", declarou Plínio Tocchetto.

"Com a evolução das obras iremos ter outros serviços como montagem, fundações, soldagens das vigas metálicas, no final ainda teremos a construção da nova ferrovia, depois o pavimento da rodovia, iluminação, tudo isso vem junto e os profissionais vão ser bem demandados à medida que aquela etapa da obra estiver chegando", explicou.