Pelo menos 70% da área populacional de Marabá no sudeste paraense já foi coberta com a coleta de dados dos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto o trabalho ainda tem um entrave que precisa ser sanado para se concluir o trabalho.
Um dos principais motivos é a quantidade de pessoas que não quiseram contribuir com a pesquisa. Desde agosto, os recenseadores estão passando pelas casas, o prazo para a conclusão da coleta de dados foi estendido para o fim de janeiro deste ano.
Tereza Penha, coordenadora de área do Censo 2022, conta que, em Marabá, cerca de 70% da área já foi coberta. “Desde agosto, estamos visitando os domicílios, entrevistando a população, porque nosso objetivo é sabermos quanto somos e de que maneira vivemos. Estamos indo aos domicílios e fazendo questionários e o levantamento. Mas temos esse problema com relação às recusas. Queríamos sensibilizar a população da importância do nosso trabalho”, comenta.
Por meio dos dados recolhidos pelo Censo são feitos os planejamentos para população em relação à saúde, educação e demais itens essenciais. A coleta de dados é feita a cada 10 anos, possibilitando a análise socioeconômica do país para a formulação de políticas públicas, sendo a principal fonte de referência.
A equipe que atua em Marabá conta com cerca de 60 recenseadores, sendo que muitos vieram de outras cidades para compor a equipe. “Temos a colaboração de recenseadores de outros municípios, como Imperatriz, Açailândia, Buriti, São Geraldo do Araguaia, São Domingos e outros locais, pessoas que já concluíram os trabalhos em seus municípios e estão aqui colaborando”, ressalta.
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Uma dessas recenseadoras é Maria Evanda Arcanjo dos Santos. Ela conta que para conseguir encontrar os moradores em casa, costuma atuar até mesmo de noite ou nos fins de semana. “É uma forma de encontrar. Tem casa que fica vazia o dia todo porque estão trabalhando ou em outro lugar. Então é importante que a população saiba que podemos aparecer em horários diferentes. O importante é fazer a coleta de dados”, comenta.
Caso o recenseador vá até o local e não encontre morador, são deixados bilhetes com números de telefone para que o morador possa entrar em contato e agendar a visita. “Queremos que a população receba o recenseador. Ele está identificado, uniformizado e foi treinado para que o trabalho seja feito da maneira mais rápida possível junto ao informante. Peço que recebam o recenseador, marquem horário, deem uns minutos, pode ser no fim de semana. Forneçam as informações que são muito importantes para Marabá e o Brasil”, reitera.
Os recenseadores podem ser identificados através de QR Code e pelo número no crachá que pode ser verificado pela internet, uma forma de confirmar a veracidade do colaborador do IBGE. São realizados dois tipos de questionários, o básico e o da amostra. “O da amostra equivale a 20% e é mais completo. O básico em 5 minutos é suficiente para ser realizado”, conclui Tereza.
A Prefeitura de Marabá presta apoio aos recenseadores, por meio dos postos de coleta, móveis e internet. Esses postos de coleta são locais temporários de trabalho do IBGE, que dão apoio aos supervisores e recenseadores durante o Censo. Há dois pontos na Escola Jonathas Pontes Athias, Folha 22, Nova Marabá e Cidade Nova, na Obra Kolping, na Avenida Manaus, 730, de 8 às 17 horas.
Vale ressaltar que responder ao IBGE é um dever legal de todos os brasileiros. De acordo com a Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, as pessoas que se recusarem poderão ser multados. A legislação ainda garante que os dados coletados pelo instituto sejam sigilosos.
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