O Laboratório de Inflação e Custo de Vida de Marabá, Lainc, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Unifesspa, junto com a Faculdade de Ciências Econômicas - Face, divulgou o balanço "Informe Técnico referente ao IPC de dezembro de 2022", da inflação do mês de dezembro de 2022 no município. Os índices acompanhados pelo laboratório, mostram que a inflação de dezembro, em relação ao mês de novembro de 2022 foi de 1,30%.
Segundo os dados divulgados, as despesas pessoais foram as que tiveram mais reajuste com 2,33%, seguido de alimentação e bebidas com 2,07%.
No acumulado do ano, a inflação em Marabá chegou a 8,60%, com despesas com educação liderando a lista, com 25,78%; seguido de alimentação e bebidas com 11,97%.
"Nesse mês de dezembro foi notável o aumento inflacionário em relação ao mês de novembro, principalmente, quando verificamos os grupos que participam da variação mensal do cálculo. Fechando em 1,30%, o índice apresentou variação positiva em relação ao mês anterior, com variação de -0,46", declarou o relatório.
"Podemos concluir que, o setor que teve maior participação no orçamento acima foi o de “alimentação e bebidas”, com “43,17%” acompanhado do de “Habitação” com “13,5%” de participação, “Vestuário” com “9,74%” e “Saúde e cuidados pessoais” com “9,58%”. Nesse mês o setor que mais teve contribuição foi o de “Alimentação de Bebidas” com “0,89%” e com isso a maior variação, já o setor de “Comunicação”, expressou novamente os menores valores na variação mensal e contribuição, os dois são responsáveis", citou.
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No setor de "vestuário" é concluído ainda uma variação positiva, onde no mês de novembro era de “-0,24%” e no mês de dezembro de “1,32%”, o que se deve também a sazonalidade dos preços, pois considerando as festas e tradições de fim de ano, os itens de vestuário que são mais procurados durante esse período devido à alta demanda.
CESTA BÁSICA
Ainda segundo o relatório divulgado pelo Lainc, o custo da cesta básica no mês de dezembro em Marabá diminuiu, um pouco, para R$ 1.652,09. Em novembro, os mesmos itens desta cesta estavam custando R$ 1.675,38, variação de -1,40%. Se comparado ao mesmo período, no ano anterior, há uma diferença de R$ 135,20, ou seja, desde o fim de 2021 até o fim de 2022, a cesta aumentou cerca de 8,65%.
Os grupos de despesa que mais se destacaram dentre os doze que compõem a Cesta Básica, foram: “Despesas Gerais”, “Serviços”, “Carnes” e “Hortifrúti e Granjeiro”. O grupo de “Despesas Gerais” continua apresentando a maior participação em relação ao total dos gastos, sendo responsável, em dezembro, por “25,93%” do custo da cesta, comprometendo R$428,31 do orçamento familiar, o que corresponde a 35,34% do Salário Mínimo Nominal e 38,20% do Salário Mínimo Líquido.
Já no Grupo Hortifruti-Granjeiro, os aumentos foram proporcionais a sazonalidade do mês, com alta demanda e produção prejudicada pelo período de inverno dos Estados produtores. Ficam apenas alguns destaques dentro desse grupo, são eles: Tomate (6,84%), Laranja (3,16%) e Cebola (0,84%). Segundo a Cepea, devido às chuvas frequentes registradas na maioria das regiões produtoras e ao estado de conservação dos tomates, o preço tem se mantido em alta, o que tem dificultado a comercialização dos produtos.
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