A demanda de pacientes renais é alta em Marabá no sudeste paraense e em toda a região. Esses pacientes precisam fazer um procedimento muito importante para a saúde, a hemodiálise, que consiste no processo de filtragem do sangue por uma máquina, situação que os rins não podem mais fazer.
O Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso dobrou o número de sessões de hemodiálise realizadas em 2022, chegando a 13,6 mil procedimentos. No ano anterior, foram registrados 6,8 mil. O aumento é fruto de investimentos do Governo do Pará, que ampliou o horário de funcionamento do serviço. Desde março do ano passado, a unidade opera em três turnos, de segunda-feira a sábado.
Gerenciado pela Pró-Saúde e referência para 22 municípios da região, o Centro de Hemodiálise do HRSP presta atendimento 100% gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Centro é formado por sala de diálise com 22 máquinas, salas de observação e consultórios ambulatoriais. Nele atua uma equipe de 50 profissionais, de diversas especialidades, como nefrologistas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e técnicos em Enfermagem, além da equipe de apoio.
Há três anos, o aposentado José Ribamar Marques Furtado, 72 anos, é paciente renal crônico do Hospital Regional. Três vezes por semana ele faz sessões de hemodiálise, que são fundamentais para seu bem-estar. "Fui fazer um exame de rotina e descobri que os meus rins não estavam bem. Comecei a fazer as sessões de hemodiálise logo que o serviço foi inaugurado aqui no Regional. Desde então, recebo um ótimo tratamento desses profissionais, que são como a minha família", contou o aposentado.
James Vinicius, enfermeiro nefrologista do HRSP, explicou que a hemodiálise é "indicada para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica. O tratamento visa manter o equilíbrio de substâncias essenciais para o organismo, e proporciona disposição, longevidade e qualidade de vida aos usuários".
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O profissional ressaltou que a insuficiência renal é silenciosa. Entre os sinais de alerta estão perda de apetite, retenção de líquido com inchaço na perna, tornozelo ou pé, sonolência, falta de ar, fadiga, náusea e vômitos. "Procure sempre que possível a orientação de um especialista, que nesse caso é o médico nefrologista. Ele solicitará os exames para diagnóstico correto da doença e indicará o tratamento adequado", complementou.
Novos equipamentos
Em 2022, o Hospital Regional do Sudeste do Pará recebeu investimentos da Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa), incluindo aparelhos portáteis de "osmose reversa", responsáveis pela produção de água purificada utilizada no tratamento de pacientes renais. O processo é essencial, pois a água utilizada para hemodiálise precisa ser altamente purificada. Resíduos de elementos comuns na água, como alumínio, cobre e zinco, mesmo que em pequenas quantidades podem desencadear efeitos colaterais nos pacientes renais.
“Esse tipo de equipamento é essencial para o atendimento adequado de pacientes renais internados em enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), já que possibilitam a realização do procedimento diretamente nos leitos, sem precisar de locomoção, o que proporciona mais conforto e segurança”, explicou Valdemir Giratto, diretor Hospitalar da unidade.
Ele ressaltou ainda que, durante o ano passado, foram atendidos 1.140 pacientes com problemas renais no Regional de Marabá. Hoje, a unidade conta com 109 usuários regulares, que realizam, em média, três sessões de hemodiálise por semana.
O Hospital Regional do Sudeste do Pará é gerenciado pela Pró-Saúde, por meio de contrato de gestão com a Sespa. A unidade é referência em média e alta complexidade para 22 municípios da região, e atende nas especialidades de neurocirurgia, traumatologia, ortopedia e urologia. Conta ainda com Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo o único da região a dispor deste tipo de leito voltado exclusivamente para recém-nascidos, crianças e adolescentes.
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