Considerando o orçamento das famílias de baixa renda, o ano de 2023 inicia com sinais de expectativas favoráveis, dado que o valor nominal da Cesta Básica de Consumo Familiar (CBCF) baixou de R$1.647,39 em dezembro de 2022 para R$1.585,86 em janeiro deste ano.
A retração de 3,74% significa uma melhoria em relação ao acesso à totalidade dos itens da Cesta de Consumo. De acordo com levantamento realizado pelo Laboratório de Inflação e Custo de Vida (LAINC), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em Marabá, trata-se de uma adição de R$ 61,53 ao orçamento familiar.
Mocinhos
De acordo com o estudo, o grupo de “artigos para limpeza” ocupa o topo da queda no custo da Cesta Básica de Consumo Familiar, dado que a variação desses itens foi de -14,93%. Os outros mocinhos da inflação em janeiro foram os grupos de “carnes” e “laticínios”, com queda de 11,84% e 10,28% respectivamente.
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Vilões
O Laboratório alerta, no entanto, que é crucial não perder de vista a condição de vilão de itens como o cheiro verde, que registrou reajuste de 21,12%, ou como o tomate, que subiu 19,25%. Produtos como o barbeador (26,52%) e o xampu (15,45%) também estão na lista dos vilões da inflação. “São itens de consumo que na contramão da inflação de Marabá, em janeiro de 2023, comprometeram o orçamento familiar,” explica o relatório.
Vale acenar aos chefes de domicílios, que breve, muito breve, o Estado vai retirar a desoneração tributária sobre os combustíveis, sinalizando expectativas desfavoráveis às famílias de baixa renda, dada a dependência das importações.
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