Magistrados, policiais militares, guardas municipais e rede de atendimento à mulher da Comarca de Marabá, no sudeste do estado, estão participando do curso de capacitação da Patrulha Maria da Penha “O atendimento em rede com perspectiva de gênero”.
A atividade iniciou nesta segunda-feira (22) e segue até a próxima quarta (24), no Tribunal do Júri do Fórum da cidade, localizado no Núcleo Cidade Nova.
A organização do curso é da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar/CEVID do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
A pedagoga Riane Freitas, da Coordenadoria Estadual das Mulheres em situação de Violência Doméstica/CEVID, ministrou na tarde desta segunda-feira (22), a palestra: Tipos de Violência conta a mulher e o atendimento em rede e a importância do formulário de avaliação de risco.
“A gente está trazendo uma informação para a rede de atendimento da mulher em situação de violência para gente trazer um olhar com uma perspectiva de gênero para toda rede de atendimento, principalmente para Patrulha que faz esse atendimento das mulheres que estão com medida protetiva e que mesmo com medida protetiva elas continuam tendo risco”, informou Riane Freitas.
Para o magistrado Alexandre Hiroshi Arakaki, da Vara Criminal de Violência Doméstica contra a Mulher, é importante essa capacitação para que eles se atualizem das novas normas, dos novos protocolos de atendimento, para que eles conheçam novas formas de abordagens, contra agressores e de acolhimento a mulheres vítimas de violência.
“A vítima merece e necessita de um acolhimento. A mulher é vítima e não a causa da violência de gênero e conscientizar o homem do papel dele na sociedade e família e dos males da agressão em geral”, ponderou o juiz.
Ele lembra que aquele ditado de que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher, mudou. “Hoje em briga de marido e mulher a gente liga para a polícia e denuncia. Aquela mulher que apanha calada em casa, ela não tem forças físicas e nem emocional para denunciar, porque ela depende do marido e tem medo dos filhos, ela tem medo da sociedade”, afirma o juiz.
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Uma das participantes da capacitação é a inspetora Gecileia Saldanha, da equipe Patrulha Maria da Penha, que falou da importância da qualificação para atender cada vez melhor a mulher. “É bom no âmbito da Lei Maria da Penha para saber para onde encaminhar elas para que elas saibam que o poder judiciário, juntamente com a patrulha Maria da Penha que a gente saiba encaminhar elas para os órgãos necessários para que ela saia dessa violência doméstica”, afirma.
PATRULHA MARIA DA PENHA
O projeto Patrulha Maria da Penha atende atualmente 60 mulheres com medidas protetivas em Marabá. As denúncias de agressão contra a mulher podem ser feitas por qualquer pessoa, por meio do disque-denúncia (94) 3312-3350, Polícia Militar por meio do 190, ainda o 180 que é nacional atendido pela Polícia Civil, o Ministério Público, Delegacia da Mulher localizada no Bairro Amapá, Creas e Conselho da Mulher.
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