O levantamento Visível e Invisível: A vitimização de Mulheres no Brasil, do Fórum de Segurança Pública do Brasil, indica que há uma epidemia de violência contra as mulheres no país. Segundo a pesquisa, em 2022 houve aumento de todos os tipos de violência e mais de um terço das mulheres do país sofreram agressões físicas e/ou sexuais.
Buscando encorajar a população no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, durante este mês ocorre à campanha Agosto Lilás. A ação conta com a sensibilização e conscientização da sociedade sobre o fim da violência contra a mulher, divulgando os serviços da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.
Uma vasta programação está ocorrendo em Marabá, sudeste do estado. Na manhã desta terça-feira (8), ocorreu uma blitz educativa na Rodovia Transamazônica, no semáforo nas proximidades da Câmara Municipal de Vereadores. Durante a ação foram entregues panfletos, broches e adesivos.
A campanha Agosto Lilás é promovida pela Coordenação Especial de Políticas Públicas para a Mulher com apoio da Seaspac (Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários) e o Disque-Denúncia.
NÚMEROS
De acordo com do relatório de violência contra mulher do Centro de Segurança Integrada da região Sudeste da Polícia Civil, foram registrados 25 casos de denúncias de violência contra a mulher, envolvendo os municípios de Parauapebas, Marabá, e Canaã dos Carajás, sendo que Marabá responde por 24% desses casos de janeiro até julho. Ainda segundo o documento, a Nova Marabá, seguido pelo bairro de Novo Horizonte, Bela Vista e Bairro da Paz, no núcleo Cidade Nova, foram os com mais registros. Em 88% dos casos, as vítimas vivem com os autores da violência.
“Nesta ação, a gente vai alertar tanto o homem quanto a mulher com relação à violência contra a mulher. O que a gente está tentando fazer hoje aqui é demonstrar que a população de Marabá está unida na luta pelo fim da violência contra a mulher. Infelizmente, a gente ocupa um ranking que é meio negativo, mas são ações nesse sentido de conscientizar que vão diminuir essas estatísticas”, pontuou Luana Paiva, coordenadora de Políticas Públicas para a Mulher.
Para Hellen Araújo, coordenadora do Disque Denúncia Sudeste do Pará, as campanhas são essenciais para elevar a conscientização da população sobre a prevenção em relação aos vários crimes contra a mulher e reduzir os índices da violência que ainda é praticada contra a mulher de diversas formas.
“Trabalhar a prevenção da violência é um dos pontos importantes para interromper, para acabar com esse problema, esse é o objetivo da campanha com o Agosto Lilás, é muito importante que as mulheres possam acordar. Tem mulheres que vivem 10 anos, 15 anos com o mesmo homem e não se tocam que está passando um ciclo de violência doméstica”, alertou Hellen Araújo.
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COMO DENUNCIAR
As denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas pelo 190 da Polícia Militar, Delegacia Especial de Proteção à Mulher (DEAM) e Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) e também pela Coordenadoria de Políticas da Mulher. Há também o Disque-Denúncia, no número 3312-3350 e a Central de Atendimento à Mulher pelo 180.
PROGRAMAÇÃO
Entre as programações, o Agosto Lilás teve o Sarau da Lua Cheia, na última sexta-feira. Na terça-feira, dia 8, acontece a Blitz do Agosto Lilás em frente à Câmara Municipal. Abaixo, o restante da programação:
11/08- Atividades no CREAS
21/08- Atividades no CRAS Morada Nova;
25/08- Dia Laranja Campanha Una-se, da ONU Pelo Fim da Violência de Gênero, no Partage Shopping Marabá;
28/08- Atividades nos CRAS da Folha 13 e Amapá.
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