A Aids apareceu no mundo em meados de 1977, 1978. Na época, não se sabia o que realmente estava acontecendo, e qual vírus estava causando a doença que anulava os anticorpos dos primeiros infectados. Estados Unidos, Haiti e África Central apresentam os primeiros casos da infecção, definida em 1982. Em 1980, apareceu o primeiro caso no Brasil, em São Paulo, classificado como Aids dois anos mais tarde.
De lá pra cá muita coisa aconteceu, a cura da Aids ainda não foi encontrada, mas tratamentos, remédios, coquetéis e outras ações conseguiram deixar a mortalidade da doença mais controlada.
No mês em que se realiza da campanha Dezembro Vermelho, de conscientização para a importância da prevenção contra o vírus HIV/aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, alguns números chamam a atenção. De acordo com o Ministério de Saúde, apesar da queda de casos de HIV/aids, esse índice tem aumentado entre homens de 15 a 29 anos, chegando a 53% em 2021. O Ministério também aponta crescimento de casos de sífilis adquirida em homens, mulheres e gestantes.
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Outro desafio para a saúde pública é a vacinação contra HPV. Apesar de o SUS oferecer a vacinação para meninos e meninas de 9 a 14 anos, segundo o Ministério da Saúde, a cobertura da segunda dose não chega a 28% entre os meninos. Já entre as meninas, a cobertura é maior, atingindo pouco mais de 54%, mas ainda longe dos 95% recomendados.
Segundo o Dr. Harbi Amjad, Infectologista que atua em Marabá e que concedeu entrevista na Rádio Clube FM 100,7 nesta quarta (6), infelizmente ainda não há a cura para a Aids, mas existem tratamentos que precisam ser acompanhados rotineiramente, se a pessoa infectada quiser mesmo manter uma qualidade de vida adequada. “Infelizmente não temos a cura, mas quando fazemos o tratamento deixamos o paciente com a carga viral indetectável na corrente sanguínea, e o vírus fica em depósitos em nervos ao redor do corpo”, explicou.
Dr. Harbi Amjad disse que como ele não fica no sistema imunológico ele não causa problemas, somente quando ele tem uma carga viral alta na corrente sanguínea que é onde estão nossas células de defesa.
PEP e PREP
Mas atualmente, além da camisinha, existem estratégias preventivas contra o HIV que são baseadas no uso de medicamentos. Estamos falando da PEP e da PrEP! O termo PEP quer dizer “profilaxia pós-exposição”, ou seja, os medicamentos são tomados após uma provável exposição ao HIV. Já PREP significa “profilaxia pré-exposição”, neste caso a pessoa toma os remédios antes de ser exposta ao vírus.
Segundo o Dr. Dr. Harbi Amjad, sempre que houver uma provável exposição ao HIV, a pessoa deve utilizar a PEP até 72 horas após o evento de risco. E quanto mais cedo, melhor!
Escute a entrevista no áudio abaixo:
PEP e PREP, estratégias preventivas no combate a Aids
Por DOL -
A PREP, por sua vez, é um método que prepara o organismo para enfrentar um possível contato com o HIV. Segundo o Dr. Harbi Amjad, ela deve ser utilizada por pessoas que tenham vulnerabilidade para a infecção pelo HIV, como: pessoas que não se identificam com o gênero de nascimento (trans); homens que fazem sexo com homens; profissionais do sexo; pessoas que têm parceiros positivos para HIV; pessoas que têm relações sexuais frequentemente sem preservativos; pessoas que têm ou tiveram infecções sexualmente transmissíveis e pessoas que fizeram uso de PEP. (Com informações de Agência Brasil)
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