Os moradores do residencial Cidade Jardim bloquearam na manhã desta terça-feira (24), trecho da rodovia BR-230 (Transamazônica) à altura do KM 7, no sentido Marabá a São João do Araguaia. O bloqueio foi nos dois sentidos da rodovia, que deixou um grande engarrafamento. O protesto começou cedo por volta das 5h30 e terminou por volta das 13h.
De acordo com a associação de moradores, o protesto foi para chamar a atenção das autoridades em relação a constante falta de água na área, quedas e faltas de energia e falta de asfalto.
O residencial Cidade Jardim foi lançado entre 2010 e 2011 e chegou para ser comercializado como um novo bairro planejado para Marabá, que começou a ter um boom populacional nesta época. É um loteamento aberto com então vendas de terrenos a prestações, oferecido pela empresa Buriti Empreendimentos.
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De acordo com o site da empresa, o local possui 7.845 terrenos e a busca pelo local foi intensa. Após 10 anos o local se tornou um dos bairros de maior crescimento de Marabá, contando atualmente com residências, comércio amplo, igrejas, academias, e a uma das sedes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.
Até hoje muitos moradores ainda pagam as parcelas dos terrenos adquiridos, comprados com financiamento bancário.
De acordo com Kátia Torres, da Associação de Moradores do bairro Cidade Jardim, há dois anos que os moradores vem sofrendo com a falta de água no local. “As pessoas passando por vários problemas, sem água nas torneiras, já entramos em contato com a Buriti, prefeitura, já acionamos o Ministério Público, movemos uma ação e até agora nada foi resolvido”, declarou.
“E o pior, cada dia chega mais construções, e como é que vai ter essas novas obras se não tem água no nosso bairro, as pessoas estão carentes e nós estamos aqui justamente para isso, para pedir socorro. Nós compramos um sonho e esse sonho hoje se tornou um pesadelo”, desabafou ela.
Ela diz ainda que já procuraram a Buriti e a informação que tem é que já passaram o assunto para a prefeitura.
O caminhoneiro Rodrigo Ribeiro, que veio de São Paulo para entregar uma carga está preocupado pois o bloqueio o fará se atrasar para voltar. “Eu até entendo o problema, mas nós não temos nada a ver com isso, são 2 mil quilômetros pra voltar pra São Paulo”, declarou. (Com informações e apoio de James Oliveira, da RBATV)
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