No inverno amazônico, período de chuvas intensas e entressafra, o preço do açaí sofre alta significativa, impactando os consumidores paraenses. Raimundo Silva, empreendedor que trabalha com a produção do fruto, explica que a escassez do açaí é agravada pelas condições climáticas, queimadas e dificuldades no transporte, elevando os custos.
“O período fica mais difícil devido às chuvas. Antes vinha de fora, mas agora também está vindo de fora e teve muita queimada, o que prejudicou”, relata.
Além dos fatores climáticos, o aumento das exportações também influencia no valor do produto, encarecendo toda a cadeia de fornecimento. Em Marabá, por exemplo, o litro do açaí médio pode ser encontrado por R$15,00, mas há locais onde o preço ultrapassa R$20,00.
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Apesar da alta, Raimundo garante que a procura permanece constante, com clientes locais e de fora sempre buscando o sabor amazônico. “Não consegue guardar, porque o cliente sempre está pedindo”, concluiu.
Importância econômica
O açaí desempenha um papel crucial na economia brasileira, especialmente na região amazônica. No estado do Pará, por exemplo, a cadeia produtiva do açaí movimenta mais de R$ 3 bilhões por ano, gerando milhares de empregos para a população local. Entre 1987 e 2022, a produção nacional de açaí cresceu de 145,8 mil toneladas para 1,9 milhão de toneladas, um aumento de mais de 13 vezes em 36 anos.
Além disso, o Pará fortaleceu sua liderança nacional na produção e exportação do fruto, exportando 4,2 mil toneladas no primeiro quadrimestre de 2024, um crescimento de 86,92% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Esse desempenho destaca a importância estratégica do açaí na economia regional e nacional, contribuindo significativamente para a geração de renda e emprego, além de impulsionar as exportações
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