
Uma iniciativa que une dignidade, trabalho e reinserção social. Assim é definido o “Projeto Recomeçando”, promovido pela Prefeitura de Marabá em parceria com o Governo do Estado e o Poder Judiciário. A ação permite que internos do regime semiaberto realizem serviços como limpeza urbana e capina, com remuneração, redução da pena e apoio à família.
Durante a assinatura do termo de cooperação, o juiz da Vara de Execuções Penais, Caio Berardo, destacou a importância da união de forças para garantir um dos principais objetivos do Estado: a ressocialização. “trabalho como um todo dignifica o homem, mostra o significado do valor da pessoa e desse modo esses indivíduos que se encontravam em uma situação de cumprimento, de pena, acabam tendo uma oportunidade de realmente demonstrarem que estão cada vez mais preparados para reintegrar a sociedade de modo colaborativo. ”, disse o magistrado.
Segundo o prefeito Toni Cunha, o projeto segue um modelo tripartite de divisão da remuneração. "Um terço dessa remuneração que eles receberão pelo serviço de rosto vai para o Estado para pagar essas despesas. Um terço fica dependente. Para quando ele ganhe a liberdade e a gente possa dar alguma condição de recomeço e um terço vai para a família do apenado que não tem culpa dessa circunstância.”, afirmou.
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Para o diretor do sistema penal de Marabá, Roberto Nazário, o projeto quebra o estigma de que não há oportunidades para quem cumpre pena. “Estamos falando de pessoas que querem mudar, trabalhar e recomeçar. E o sistema penal paraense oferece essas condições com respeito aos direitos fundamentais”, declarou.
Depoimentos de quem vive a mudança
Jackson Suba Reis, de 24 anos, cumpre pena por roubo e participa do projeto. Para ele, a chance de trabalhar e reduzir a pena representa esperança. “Sempre tive boa conduta, trabalhei na unidade e hoje recebo essa oportunidade. Acredito na minha mudança, e esse projeto me dá uma chance real de mostrar isso”, disse.

Outro participante, Thiago, reforça que a transformação começa por dentro. “Não depende só de quem nos dá oportunidade, depende da gente também. Se eu não quiser mudar, ninguém pode me ajudar. Mas quero mudar, quero recomeçar.”
Mancico Lopes, presidente do Instituto Social Santos, entidade que acompanha o projeto, reforçou a importância da ação: “Estamos alcançando a finalidade da pena, que é a reeducação e a dignidade. É um avanço no sistema penal”.
A expectativa é de que mais apenados sejam incluídos no projeto ao longo do ano, fortalecendo a ideia de que a ressocialização é um caminho possível – e necessário – para a construção de uma sociedade mais justa. (Com informações de James Oliveira).
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