
O Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP) realizou nesta quarta-feira (13) uma edição especial do projeto “Saúde em Foco”, focada na conscientização sobre os riscos do colesterol alto. A ação, voltada para pacientes e acompanhantes, destacou a importância da prevenção e do acompanhamento regular para evitar doenças cardiovasculares graves.
Maria de Lourdes Silva, de 45 anos, moradora de Marabá, que aguardava um exame de radiografia, ressaltou a relevância das informações recebidas. “Eu não imaginava que alimentos que consumo com frequência poderiam elevar o colesterol. Vou ter muito mais cuidado agora, com o que coloco no prato”, afirmou.
Outro participante, Antônio Carlos, de 39 anos, que esperava por uma consulta com o ortopedista, relatou que a palestra serviu como um alerta. “Aprendi que não é preciso ser obeso para ter colesterol alto. Muitas vezes a gente acha que está tudo bem só porque está com o peso controlado, mas não percebe que a alimentação pode estar prejudicando a saúde. Agora quero cuidar mais do que consumo e fazer exames com mais frequência”, disse.
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Colesterol alto: um problema silencioso
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostram que cerca de 40% da população adulta e mais de 25% das crianças no Brasil apresentam níveis de colesterol acima do recomendado. Por ser uma condição silenciosa, o colesterol alto pode evoluir para complicações graves se não for identificado e tratado precocemente.

A palestra foi conduzida pela nutricionista Aline Assunção, especialista em doenças crônicas, que explicou de forma acessível os tipos de colesterol e seus riscos. Ela destacou que o VLDL e o LDL, conhecidos como “colesterol ruim”, são frequentemente associados ao consumo excessivo de frituras, carnes gordurosas, embutidos e alimentos industrializados.
“Para manter o colesterol equilibrado, o caminho é claro: monte um prato colorido com frutas, verduras e legumes; inclua fibras; troque frituras por assados ou grelhados; prefira cortes magros e laticínios com menos gordura; reduza ultraprocessados, embutidos e excesso de açúcar; pratique atividade física e mantenha boa hidratação. E faça exames periódicos: eles mostram se estamos no caminho certo e ajudam a ajustar os cuidados quando necessário”, orientou a nutricionista.
Aline também alertou que o acúmulo de “colesterol ruim” nas artérias pode formar placas de gordura, dificultando a passagem do sangue e aumentando o risco de pressão alta, derrame e outras doenças cardiovasculares graves.
O "colesterol bom" e a importância da prevenção
A profissional ainda reforçou a importância de estimular o HDL, o “colesterol bom”, que ajuda a limpar as artérias e proteger o coração. “Peixes como salmão e sardinha, azeite de oliva, oleaginosas e abacate são ótimos aliados para aumentar o HDL e manter o equilíbrio. O segredo é buscar harmonia na alimentação e adotar hábitos que favoreçam a saúde a longo prazo”, completou.

Daiane Dias Uszynski, analista de humanização do hospital, explicou que a iniciativa, desenvolvida pelo setor de humanização da unidade do Governo do Pará, visa transformar o tempo de espera no hospital em uma oportunidade de aprendizado. “Aproveitamos o Dia Mundial de Combate ao Colesterol, celebrado em 8 de agosto, para conscientizar sobre os riscos, incentivando escolhas saudáveis que contribuam para uma vida mais longa e com qualidade”, afirmou.
O atendimento no Hospital Regional Público do Sudeste é 100% gratuito, realizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade, sob gestão do Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) e da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), possui 135 leitos, sendo 97 de internação clínica e 38 de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Serviço
O atendimento no Hospital Regional Público do Sudeste é 100% gratuito, realizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade conta com 135 leitos, sendo 97 de internação clínica e 38 de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
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