O Dia de Finados, celebrado neste domingo (2), é marcado por fé, emoção e demonstrações de saudade nos cemitérios de Marabá. Entre orações, homenagens e reencontros, a data reúne famílias, religiosos e trabalhadores que compartilham, cada um à sua maneira, o significado de homenagear aqueles que partiram.
Logo nas primeiras horas do dia, a Convenção Batista de Carajás instalou a Tenda do Consolo, em frente ao Cemitéria da Saudades, localizado na folha 29, a instalação se dedica a oferecer conforto espiritual e acolhimento. O pastor Irimar Rodrigues, coordenador regional da instituição, explicou que o projeto nasceu como uma forma de levar esperança às pessoas que passam pelo local nesse dia de lembranças.

“Estamos aqui trazendo uma palavra de conforto, consolo e esperança às pessoas que estarão visitando seus entes queridos. É um momento de fé e reflexão, e queremos cooperar para que cada um se sinta amparado espiritualmente”, disse o pastor.
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Além das orações e conversas, voluntários também ofereceram serviços como aferição de pressão arterial e distribuição de água e material informativo, reforçando o compromisso social do movimento.
Para muitos, o Dia de Finados também representa uma oportunidade de trabalho e reencontros. A ambulante Raimunda Barbosa, moradora do bairro Araguaia, atua há 19 anos vendendo flores, velas e coroas de flores em frente ao cemitério. Entre sorrisos e lembranças, ela destacou a importância do dia, que vai além das vendas.

“É um dia cansativo, mas vale a pena. A gente encontra amigos, conversa, relembra o passado. É mais do que vender — é um dia de reencontro”, contou.
Entre os visitantes, histórias de saudade se misturam à fé e ao desejo de reencontrar os que partiram. A dona de casa Nely Alves de Almeida, de 65 anos, moradora do bairro Bom Planalto, visitava o túmulo da mãe e da filha.
“Minha mãe faleceu há mais de 20 anos, foi assassinada. Minha filha morreu de câncer. É um momento triste, mas eu venho, oro e peço a Deus que conserve elas em boa luz. A gente tem esperança que um dia vai se encontrar de novo”, emocionou-se.

Durante todo o dia, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, da Folha 28, realizou missas no cemitério. O padre Dimas Da Silva lembrou que o Dia de Finados não é uma celebração da morte, mas da esperança na vida eterna.
“Os cristãos não celebram a morte, mas a vida eterna em Cristo. Finados é um dia de esperança, de lembrar que todos somos finitos e que aqueles que morrem em Cristo vivem para sempre”, afirmou.
As celebrações se estenderam até o final da tarde, encerrando com missa presidida pelo bispo Dom Vital. Entre velas, flores e orações, o clima que dominou o cemitério foi de fé, respeito e saudade — mas também de consolo e esperança.
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