Milhares de produtores de cacau de todo o país, iniciam nesta segunda feira dia 4, um manifesto pela valorização do preço do quilograma de suas amêndoas de cacau, tal manifestação consiste em um período de trinta dias sem vender o produto as cooperativas de cacau que repassam a matéria prima do chocolate para as multinacionais como as empresas Cargil, Olan e Barri.
No Estado do Pará que obtém o título de maior produtor de cacau desde o ano de 2019, produtores de cacau dos municípios de Tucumã, São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte e Água Azul do Norte, Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Baião, Cametá, Igarapé-Miri, Mocajuba, São Domingos do Araguaia, Novo Repartimento, Pacajá, Anapú, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu os quais figuram no cenário da produção com expressivas toneladas de grãos ano, devem participar do manifesto de paralisação das vendas.
Em outro estado produtor de cacau como a Bahia, os cultivadores de cacau também aderiram ao manifesto que visa a valorização das amêndoas de cacau que hoje é cotada a 13 e 15 reais o quilograma.
Embora sua cotação do quilograma seja atrelada ao dólar por ser uma commodities (matérias-primas utilizadas para a manufatura de outros produtos. Ou seja, são itens fornecidos para as indústrias com foco na fabricação de produtos), dificilmente seu valor sobe.
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A alegação dos produtores é que havendo a alta do dólar, dificilmente há melhora no preço do quilograma do cacau, mas quando o dólar baixa, a baixa no preço do quilograma é imediata.
Segundo um produtor que pediu para não ser identificado, estaria havendo agilidade das cooperativas de cacau para aplicar a baixa no preço do quilograma do cacau, não tendo a mesma agilidade quando o dólar sobe.
Desta forma fica claro que está havendo uma desvalorização do produto in natura na origem e raramente os benefícios gerados pelas multinacionais para os produtores de cacau chegam aos produtores.
O Pará sozinho é responsável por 146.409 toneladas produzidas em 2021. Em 2020, a produção do fruto no Pará foi de 144.663 toneladas, o equivalente a 52% da produção nacional. Em 2019, o Estado produziu 130 mil toneladas contra as 105 mil produzidas na Bahia, que segue na vice-liderança. (Paulo Francis)
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