As forças de segurança federais de combate ao desmatamento e a outros crimes ambientais continuam a flagrar situações que podem levar problemas sérios para boa parte da população. É que os garimpos ilegais, além de resultarem em desmatamentos, poluem os rios e podem resultar em erosão que podem derrubar as torres de energia que saem da usina de Belo Monte, no Pará.
Polícia Federal e Ibama flagraram garimpo que trazia risco à linha de transmissão de Belo Monte, nesta segunda-feira (25). O novo ponto de garimpo ilegal foi encontrado no rio Novo, em Curionópolis, em região que já foi alvo de outras operações recentes da PF.
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No local, foram apreendidas duas escavadeiras, dois motores estacionários e dois mil litros de combustível. Pela impossibilidade de remoção, todos os itens foram inutilizados. O prejuízo total do crime, na ação, é de quase R$ 2,6 milhões.
O combate aos garimpos ilegais na região é tema constante de atuação da Polícia Federal. As operações atuais são desdobramentos de outras recentes.
Em novembro do ano passado foi deflagrada a operação Curto-circuito, por conta da ameaça ao outro linhão de 800kva de Belo Monte. Em fevereiro deste ano, a PF voltou a reprimir estes crimes, dessa vez em pontos próximos a outro linhão, o Xingu-Rio. Nessa operação, foi feito bloqueio de bens avaliados em R$ 361 milhões.
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As linhas de transmissão da Usina Belo Monte passam por quatro Estados (PA, TO, GO e MG), abastecendo o Sistema Interligado Nacional (SIN), que distribui energia elétrica para todo Brasil. O avanço do garimpo em direção às torres de transmissão traz sério risco de desabastecimento ao país.
O local flagrado nesta segunda-feira fica próximo a pontos que foram alvo da operação Rio Novo, deflagrada em junho deste ano. Na ocasião, Polícia Federal, Ibama e ICMBio cumpriram 21 mandados de busca e apreensão em quatro operações simultâneas na região.
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O garimpo nas margens do rio é responsável pela poluição dos afluentes do rio que abastecem a cidade de Parauapebas e região. Conforme atestado por órgãos ambientais, a bacia hidrográfica local já apresenta alto grau de contaminação por conta do uso irregular de mercúrio. O rio Novo é o mais agredido nos últimos anos, levando poluição ao rio Parauapebas, que fica às margens da Floresta Nacional de Carajás.
Se confirmada a hipótese criminal, os responsáveis poderão responder por crimes ambientais, crime de usurpação de recursos da União (extração ilegal de minério), associação criminosa, dentre outros.
As investigações seguem em andamento.
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