
Três filhotes fêmeas de peixe-boi foram resgatadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) na última quarta-feira (30), em comunidades de Santarém, no Baixo Amazonas. Os animais, oriundos das comunidades Boca dos Currais, Casa Grande e da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, foram encaminhados inicialmente ao Centro de Reabilitação e Triagem de Animais Silvestres da Universidade Federal Rural da Amazônia (CETRAS-UFRA), em Belém, e, nesta quinta-feira (1º), transferidos para o Instituto Bicho D’água, em Castanhal, onde passam por processo de reabilitação.
A operação contou com o apoio de diversos órgãos, entre eles o ICMBio, Instituto Igarapé-Nhamundá, Instituto Bicho D’água, Grupamento Aéreo de Segurança Pública (GRAESP), CETRAS/UFRA e Ibama.
Segundo Talita Praxedes, gerente de Fauna, Aquicultura e Pesca da Semas, entre novembro de 2024 e abril de 2025, já foram realizados 10 resgates de peixes-bois no estado. Ela destaca o papel fundamental da implementação do programa de conservação da espécie, coordenado pelo Ibama, e os Acordos de Pesca que têm fortalecido a parceria entre comunidades e órgãos ambientais.
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“O engajamento comunitário vem crescendo. Hoje, as pessoas sabem onde buscar ajuda e confiam que serão assistidas. Isso é resultado direto da cooperação técnica entre instituições”, afirma Talita.
O primeiro filhote resgatado foi encontrado sozinho e, após buscas pela mãe sem sucesso, foi levado ao Instituto Igarapé-Nhamundá, que acionou a Semas. O segundo foi encontrado embaixo de uma residência ribeirinha e, assim como o terceiro, — que estava localizado na comunidade Mangal, dentro da Resex Tapajós-Arapiuns —, recebeu os primeiros cuidados no Instituto antes da transferência.
Maria Cristina Andrade, representante do Instituto Igarapé-Nhamundá, ressalta que a iniciativa visa à preservação da espécie, muitas vezes ameaçada por ações humanas. “Com os acordos de pesca sendo regularizados, conseguimos ampliar a proteção para outras espécies aquáticas da região. Já percebemos uma mudança no comportamento das comunidades”, explica.
De acordo com a Semas, os filhotes têm entre 80 cm e 1,10 m de comprimento e pesam cerca de 21 kg. Dois deles estão estáveis, apesar de sinais de desidratação e emagrecimento, e um apresenta estado mais debilitado, exigindo cuidados intensivos.

A ação de resgate foi conduzida pela Semas por meio da Gerência de Fiscalização de Fauna e Recursos Pesqueiros (GEFAU) e da Gerência de Fauna, Flora, Aquicultura e Pesca (GEFAP), com apoio técnico e logístico dos demais órgãos parceiros.
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