
Produtores rurais de Jacundá, no sudeste do Pará, buscam mais de R$ 800 mil em crédito para expandir seus rebanhos de gado. Os recursos, que devem ser liberados até o início de setembro, são intermediados pelo escritório local da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará) e visam fortalecer a pecuária de corte na região.
Ao todo, cinco famílias de produtores, incluindo duas do assentamento federal Jacundá e três das comunidades Estrada do Lago, Nova Canaã e Santo Antônio, estão na expectativa de receber os valores. Dois pecuaristas do assentamento terão acesso a mais de R$ 300 mil, enquanto as outras três famílias devem receber um total superior a R$ 500 mil.
Crédito e investimento
As propostas de crédito, com valores individuais que variam de R$ 108 mil a R$ 250 mil, foram elaboradas pela Emater e enviadas ao Banco da Amazônia (Basa) e ao Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi). Os financiamentos fazem parte da linha Mais Alimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
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Segundo a Emater, os produtores beneficiados possuem, em média, propriedades de 50 hectares e rebanhos de cerca de 40 animais mestiços. Com a introdução de matrizes da raça nelore e a aplicação de técnicas de manejo e nutrição orientadas pelos técnicos da Emater, a expectativa é de aumentar a produtividade e a qualidade da carne produzida.
Parceria de sucesso
A parceria entre os produtores e a Emater já é consolidada para alguns. Romildo Santos, de 48 anos, da comunidade Santo Antônio, está em seu quarto projeto de crédito intermediado pela empresa. Com 120 cabeças de gado em suas duas fazendas, ele busca agora um financiamento de R$ 129 mil.
"A Emater é boa demais. Ajuda a gente. Eles vêm, acompanham, visitam, fazem os projetos. Não tenho do que reclamar", afirmou o produtor, que destaca a importância do suporte técnico e da continuidade do serviço.
Para William Ghisolf, chefe do escritório da Emater em Jacundá, o apoio na obtenção de crédito vai além do auxílio financeiro. "É uma injeção de capital que oxigena os empreendimentos, movimenta a socioeconomia, confere retorno de investimentos nas próprias comunidades e melhora o produto em si: é carne de mais qualidade, com mais mercado", concluiu o técnico.
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