Em Tucuruí, sudeste do estado, o nível do Rio Tocantins voltou a subir e já alaga ruas na área portuária do município. O Boletim de Nível de Vazões do Rio Tocantins divulgado pela Eletronorte nesta quarta-feira, 23, aponta que a altura do rio está em 10,40 metros, o que já preocupa os moradores de algumas ruas do bairro da Matinha e da avenida Lauro Sodré bem como as autoridades locais.
O nível do reservatório hoje é de 73,96 metros e pelo vertedouro da UHE Tucuruí estão passando 31.441 metros cúbicos de água por segundo. O boletim aponta estabilidade no nível do rio até o próximo sábado, 26. Contudo, esses números podem sofrer mudanças.
Até agora, a cheia no Rio Tocantins já atingiu 879 famílias, segundo dados da Secretaria de Assistência Social do município. Estas famílias estão recebendo auxílio e abrigo até que o período de chuvas encerre.
O gerente do Centro de Operação da Geração Hidráulica da Eletronorte, Wanderley Santos, declarou que o período de enchente na região da jusante da Usina continua e a empresa faz a notificação junto às equipes da Defesa Civil e outras autoridades visando auxiliar na tomada de decisão para mobilizar as comunidades que poderão ser atingidas por alagamentos. “Sem esse monitoramento e a divulgação junto à comunidade e as autoridades, o impacto da enchente seria bem maior, visto que todo esse grande volume de água passaria sem controle, inundando muitas áreas em Tucuruí e municípios abaixo da Usina”, explica o gerente.
A orientação da Defesa Civil do município é que as famílias que retornaram para suas casas procurem as autoridades em caso de necessidade de remoção pelos números (94) 98106-5004 e (94) 99252-1211.
Tucuruí permanece em Emergência desde 26 de janeiro devido à enchente do Rio Tocantins.
Com o decreto, as famílias atingidas pela enchente estão recebendo benefícios do Programa Recomeçar do governo do Estado do Pará, que beneficia famílias desalojadas por conta das enchentes.
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A prefeitura continua a distribuição de cestas básicas, kit de higiene pessoal e tem dado apoio no remanejamento das famílias atingidas pela enchente e estão alojadas em sete abrigos provisórios montados pelo município.
A Defesa Civil classifica como “desalojados” aqueles que foram obrigados a deixar suas casas para morar, temporariamente, em casas de parentes, amigos ou vizinhos. São as famílias que não tiveram a necessidade de estar em abrigos públicos.
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