Cleidiane Silva dos Santos, uma autônoma de 28 anos, fez uma emocionante visita à Policlínica Lago de Tucuruí, na região sudeste do Pará, para expressar sua gratidão à equipe de saúde que a acompanhou durante os meses em que realizou hemodiálise no local. Agora, nove meses após um transplante renal bem-sucedido, Cleidiane voltou ao complexo hospitalar para agradecer à equipe que cuidou dela durante todo o processo.
A psicóloga Jaqueline Rebelo ressaltou a significância da visita de Cleidiane, proporcionando motivação aos pacientes em tratamento. "A cada dia, nos deparamos com novos desafios, e sabemos que a hemodiálise não é um tratamento fácil. Por isso, a importância do acolhimento e da escuta dentro do viés da psicologia, compreendendo que existem demandas que vão muito além do estado físico do paciente”, declarou.
Já a enfermeira Lucelia Lima, do serviço de hemodiálise da Policlínica, enfatizou a importância do cuidado multiprofissional no processo de transplante renal. "É gratificante ver nossa paciente Cleidiane transplantada há nove meses, onde todo o processo de cuidado da equipe é fundamental para que o paciente esteja apto a realizar o transplante renal”, disse.
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Logo na admissão, o Serviço Social faz coleta de diversas dados e informações para orientar e encaminhar aos órgãos responsáveis os processos para iniciar as consultas e exames para o transplante.
"Todos os dias trabalhamos para que cada paciente e familiar sejam acolhidos e tenham um serviço humanizado para seguir forte a realização de seu sonho o transplante Renal", frisou a assistente social Eleide Feitosa.
Nefrologista da unidade, o médico Ney Barros explicou o processo pelo qual Cleidiane passou, desde a hemodiálise até o transplante renal. "Ela estava na fila de transplante em Belém e chegou a fazer alguns meses de tratamento, três vezes por semana, quatro horas, e a partir do momento que ela veio para cá para Policlínica a gente assumiu o vínculo com o hospital para mantê-la ativa na fila”, disse.
“Sempre mantendo o paciente bem dialisado, os exames em dia, sem anemia, a ureia controlada, potássio, fósforo. Esse processo é feito dia a dia, durante a diálise, consultas, exames, e orientação da nutrição”. O paciente, segundo ele, deve estar bem de saúde na hora do transplante, daí a importância do acompanhamento profissional.
Gratidão
Emocionada, Cleidiane contou que, no início, realizava a hemodiálise em Marabá, mas, quando a Policlínica foi inaugurada, passou a fazer o tratamento no local. No total, foram quatro meses se tratando na unidade, mas ela lembra do cuidado da equipe. Segundo a paciente, os médicos, assistentes sociais, diretores e técnicos são “maravilhosos”.
“Cheguei muito ansiosa, mas eles souberam me acalmar, souberam conversar comigo. Depois dos quatro meses, fui chamada para ser transplantada em Belém. Hoje estou aqui para rever os amigos, que é muito bom, isso faz bem para a gente. A diálise é um processo doloroso, cansativo, desgastante, e quando a gente recebe o transplante, a gente tem que vir rever o lugar que a gente passou, quem cuidou da gente e agradecer a toda a equipe que teve aquele cuidado”, disse, grata.
Dedicação
A história de Cleidiane é um testemunho inspirador de superação, destacando a importância não apenas do tratamento médico, mas também do apoio psicológico e da dedicação da equipe multiprofissional na jornada do paciente em busca da saúde.
Para o diretor-executivo da unidade, Francisco Amud, receber Cleidiane é uma “satisfação”. "Ver pacientes como Cleidiane retornando para agradecer é o verdadeiro indicador de que estamos cumprindo nosso compromisso com a saúde e o bem-estar da comunidade. A equipe da Policlínica está empenhada em oferecer cuidados abrangentes e humanizados, e histórias como a de Cleidiane reforçam a importância desse trabalho conjunto. Estamos extremamente orgulhosos de fazer parte da jornada de recuperação e superação dos nossos pacientes”, enfatizou o gestor.
Serviço
A Policlínica Lago de Tucuruí é administrada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretária de Estado de Saúde Pública (Sespa), e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O serviço de hemodiálise também funciona aos sábados, em dois turnos. A unidade fica na avenida Raimundo Veridiano Cardoso, nº 1008, no bairro Santa Mônica, e o funcionamento é realizado 100% gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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