Desde o ano de 1714, quando o engenheiro inglês Henry Mill inventou um protótipo do que seria mais tarde uma máquina de escrever, que a humanidade se acostumou a teclar para produzir letras e palavras fora a escrita a mão. Vieram os computadores e os celulares, e hoje os dedilhados em pequenas telas é a coisa mais comum do mundo moderno.
Agora, um passo a mais foi dado na tecnologia da digitação em telas. Um grupo de pesquisadores da Universidade Aalto, em parceria com o Google, desenvolveu um simulador virtual capaz de digitar como um humano. O modelo de digitação preditiva pode distinguir entre diferentes modos de usar o teclado do celular, seja com uma mão ou duas, e replica até a forma de digitar dos jovens e dos mais velhos.
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A proposta do projeto é apoiar o desenvolvimento de interfaces que se adaptem da melhor forma aos movimentos humanos, tornando, por exemplo, o uso do celular mais prático e otimizado.
Simulador de digitação
Quando você clica nas letras do teclado do celular, está usando, ao mesmo tempo, a destreza manual, a percepção visual e a memória de trabalho.
Simplificando, precisa movimentar seus dedos com precisão enquanto visualiza e revisa o que escreve.
O simulador tem “olhos e dedos” virtuais e memória para ter o mesmo nível de habilidades que você. Isso quer dizer que também comete os mesmos erros.
Ele foi treinado milhares de vezes para absorver a forma de digitação humana, desde a agilidade, movimentos e até suas dificuldades específicas.
Por exemplo, algumas pessoas odeiam usar o corretor automático, outras não vivem sem ele. A tecnologia também analisa e aplica isso.
O modelo é especialmente útil para testes de desenvolvimento de interfaces, que normalmente só usam usuários reais.
Aprimoramento de interfaces
Tradicionalmente, o processo de testar novos designs de teclado envolve um investimento significativo de tempo e recursos, pois requer a participação de usuários reais. Por isso, o projeto busca complementar esses testes com um simulador digital. Assim, seria possível avaliar os teclados com mais rapidez e eficiência.
Antti Oulasvirta, líder de um grupo de pesquisa na Aalto University, acredita que essa iniciativa representa um passo crucial em direção à melhoria das interfaces de usuário e à compreensão do comportamento humano em situações orientadas para tarefas. Utilizando modelos computacionais do comportamento humano, sua equipe está empenhada em investigar questões fundamentais relacionadas à interação homem-máquina.
Podemos treinar modelos de computador para não precisarmos da observação de muitas pessoas para fazer previsões. As interfaces de usuário estão em toda parte hoje – fundamentalmente, este trabalho visa criar uma sociedade mais funcional e uma vida cotidiana mais tranquila.
No próximo mês, a equipe de pesquisa vai apresentar o projeto na Conferência CHI, um fórum voltado para a área de interação humano-computador.
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