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CASO INUSITADO

Jabuti perdido é encontrado vivo após dois anos desaparecido

Saiba como os jabutis conseguem sobreviver por longos períodos sem comida e em ambientes isolados.

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Imagem ilustrativa da notícia Jabuti perdido é encontrado vivo após dois anos desaparecido camera Jabuti Piranga(Chelonoidis carbonaria), espécie comum nas matas brasileira que pode ultrapassar os 100 anos. | Reprodução

Um relato inusitado viralizou nas redes sociais na última quinta-feira (6) e já acumula mais de cinco milhões de visualizações. O post em questão fala que uma amiga da pessoa que realizou a postagem reencontrou seu jabuti de estimação dois anos após o seu desaparecimento. O surpreendente é que, além dele estar vivo, o réptil foi encontrado na residência da dona, enrolado em uma lona na garagem da casa. O caso chamou atenção e a postagem original acumula muitos comentários com relatos semelhantes e, ainda, dúvidas acerca da capacidade de sobrevivência do animal.

Afinal, como o jabuti sobreviveu?

Os jabutis são répteis conhecidos por sua resistência e grande capacidade de adaptação. Eles conseguem sobreviver por longos períodos de tempo sem comida e água, e isso se justifica por possuírem um metabolismo extremamente lento. Quando esses animais se deparam com laçais úmidos e protegidos, como buracos, troncos ou até mesmo como relatado, debaixo das lonas, podem entrar em um estado de economia de energia, reduzindo, dessa forma, suas necessidades básicas.

Casos semelhantes

Relatos de jabutis que fora encontrados após anos de desaparecimento não são raros. Em 2013, um caso famoso aconteceu no estado do Rio de Janeiro, onde uma família encontrou o jabuti de estimação 30 anos após o seu desaparecimento. O animal, no entanto, nunca pôs a carapaça para fora de casa: ele estava escondido em meio a muita bagunça dentro de um cômodo abandonado da casa, e sobreviveu se alimentando de cupins e restos de madeira.

Veja também:

    Conheça o Jabuti Piranga, espécie comum no território brasileiro:

    O jabuti-piranga, conhecido por seu nome científico Chelonoidis carbonaria, pertence à ordem Testudines, à família Testudinidae e ao gênero Chelonoidis. Essa espécie é comumente encontrada nas matas brasileiras, abrangendo desde o território da região Nordeste até o Sudeste, e sua distribuição também se estende a regiões da Colômbia oriental, Guianas, Rio de Janeiro, Bolívia, Paraguai e norte da Argentina. Prefere biomas de baixo relevo e menor umidade, sendo uma espécie adaptada a ambientes variados.

    Com características físicas marcantes, o jabuti-piranga possui patas robustas com cinco dedos e um casco composto por placas amareladas, além de escamas vermelhas espalhadas pela cabeça e pelas pernas. Os machos possuem o plastrão (parte ventral do casco) côncavo, adaptado para facilitar a cópula com as fêmeas. Sendo animais onívoros, sua alimentação é variada, e a dieta inclui flores, frutos, folhagens, insetos, carniça e até fezes. A reprodução ocorre de forma ovípara, com as fêmeas escavando seus ninhos no solo, seja em terra, areia ou sob a vegetação.

    Jabuti Piranga (Chelonoidis carbonaria)
    📷 Jabuti Piranga (Chelonoidis carbonaria) |Reprodução

    Cuidados com jabutis de estimação

    Para evitar desaparecimentos, é importante garantir que o espaço onde o jabuti vive seja seguro e cercado. Além disso, manter a alimentação adequada e oferecer água regularmente ajuda a mantê-lo saudável. Caso um jabuti desapareça, a recomendação é averiguar em locais úmidos e escuros primeiro, pois são os seus locais preferidos para se esconder.

    Situações envolvendo jabutis, no entanto, nem sempre têm um desfecho agradável, como alguns dos muitos comentários na postagem relatam. Por isso, é importante que os tutores estejam sempre atentos ao seu paradeiro e se certifiquem de que suas necessidades estão sendo atendidas, além disso, como qualquer outro animal, é importante levá-lo regularmente ao veterinário.

    Felizmente, neste caso, o jabuti foi encontrado em boas condições e a sua tutora pôde reencontrá-lo.

    Confira a postagem:

    (Com informações do Instituto Butantã).

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