![Nutricionistas recomendam que se a comida tiver passado tempo excessivo em temperatura ambiente, é melhor optar pelo descarte. Imagem ilustrativa da notícia Deixar sobra de almoço fora da geladeira traz riscos à saúde](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/890000/1200x0/SEARCH-HD-IMAGES---2025-02-09T104117341_00893850_0_-t.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F890000%2FSEARCH-HD-IMAGES---2025-02-09T104117341_00893850_0_.jpg%3Fxid%3D3004697&xid=3004697)
É comum deixar a comida esfriando sobre o fogão após o preparo, seja por conveniência ou por hábito. No entanto, especialistas alertam que essa prática pode representar um risco significativo à saúde, aumentando as chances de contaminação alimentar.
A nutricionista Camila Pedrosa, explica que alimentos deixados fora da geladeira por muito tempo podem ser um ambiente ideal para o crescimento de bactérias e fungos. “Pode haver proliferação de microrganismos nocivos, levando à intoxicação alimentar, que pode causar sintomas como vômitos, diarreia e febre”, alerta.
Quanto tempo a comida pode ficar fora da geladeira?
O tempo seguro para manter os alimentos em temperatura ambiente varia, mas a recomendação geral é que pratos prontos, carnes cruas ou cozidas, laticínios, arroz, feijão, massas, legumes e verduras sejam refrigerados em até duas horas. Em climas mais quentes, o ideal é não ultrapassar uma hora e meia.
O nutricionista Gabriel Moliterne, do Hospital Albert Sabin de São Paulo, destaca que a temperatura ambiente é um fator determinante. “Bactérias como Salmonella, Escherichia coli e Listeria monocytogenes se multiplicam rapidamente entre 5°C e 60°C, tornando o alimento perigoso para o consumo”, explica.
Posso reaquecer a comida?
Se a comida passou tempo excessivo em temperatura ambiente, a recomendação dos especialistas é o descarte. Camila Pedrosa ressalta que o reaquecimento pode não ser suficiente para eliminar bactérias resistentes. “Algumas toxinas presentes em alimentos contaminados não são destruídas pelo calor ou congelamento, o que pode levar a infecções graves”, diz.
Cuidados para evitar intoxicação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda algumas práticas para reduzir os riscos de contaminação alimentar:
- No supermercado, confira a validade e o armazenamento dos produtos.
- Em casa, guarde os alimentos conforme as orientações do fabricante.
- Evite contato entre alimentos crus e cozidos. Lave bem os utensílios usados no preparo.
- Cozinhe os alimentos a temperaturas seguras para eliminar microrganismos nocivos.
- Mantenha alimentos quentes acima de 60°C e frios abaixo de 5°C até o consumo.
Quais alimentos estragam mais rápido?
Os alimentos mais sensíveis à temperatura ambiente são carnes cruas ou cozidas, laticínios, ovos e pratos preparados com ovos crus. Além disso, sinais como perda de cor e brilho, textura pegajosa e odor forte podem indicar que o alimento está deteriorado. No entanto, segundo especialistas, nem sempre é possível identificar a contaminação apenas pela aparência, reforçando a importância do armazenamento correto.
Adotar cuidados simples pode evitar problemas de saúde e garantir uma alimentação mais segura para toda a família.
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