A sensação de vazio após a morte de um protagonista querido ou o fim de uma série não é drama: é biologia. Segundo estudos publicados pela Oxford Academic, o cérebro humano tem dificuldade em distinguir conexões reais de interações parassociais — o vínculo emocional que desenvolvemos com figuras em telas.
Como a mente humana evoluiu processando interações sociais diretas, os circuitos neurais de apego e recompensa são ativados ao reconhecermos rostos e vozes frequentes.
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Para o sistema biológico, pouco importa se aquela figura é um vizinho ou um personagem de ficção; a convivência prolongada gera uma "confusão" que valida a dor da perda como algo real.

O efeito do "binge-watching" no vínculo emocional
O hábito de maratonar produções potencializa esse sentimento. Ao assistir a vários episódios em sequência, o espectador acumula, em poucos dias, uma carga de convivência que levaria anos para ser construída na vida real.

Essa intimidade instantânea acelera a formação do laço afetivo, tornando o impacto do "luto" muito mais agudo. Para os especialistas, entender que o cérebro processa essas perdas de forma legítima é o primeiro passo para validar o sentimento de quem se vê órfão de uma grande história.
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