Moradores de Marabá, no sudeste do Pará, tentam manter viva a tradicional festa do Divino Espírito Santo, uma das manifestações religiosas e culturais mais antigas da região.
Atualmente, a festa tem 18 grupos do Divino, uma tradição que estava desaparecendo e volta a realizar suas celebrações. Uma procissão de barco pelos rios Itacaiúnas e Tocantins encerrou a programação dos festejos neste sábado (4).
A romaria iniciou no porto do Bairro Amapá, no Rio Itacaiúnas, e encerrou no porto da Colônia de pescadores Z-30, no bairro de Santa Rosa, na Marabá Pioneira, onde está localizada a Capela do Divino Espírito Santo. O evento teve transmissão ao vivo pelo Instagram.
De acordo com Maria Luísa Dias, presidente da Associação das Divindades de Marabá, esta é a 29ª edição do evento, já que no último ano, por conta da pandemia, as festividades não aconteceram. “Mesmo nesse cenário, conseguimos neste ano, realizar todas as festividades, seguindo todos os protocolos e não fazendo aglomerações”, confirmou.
Além das dezenas de fiéis que participaram, a festa foi acompanhada durante os quatro meses pelo pesquisador Ramon Cabral que realiza um estudo sobre a manifestação católica popular. “Desde 2018 a gente tem acompanhado o festejo do Divino Espírito Santo, pela Casa da cultura de Marabá, e é um desejo da instituição, cobrir esse tipo de festividade contribuindo para a valorização desses bens culturais aqui de Marabá”, informou Ramon Cabral.
ORIGEM
A Festa do Divino é uma celebração de origem católica realizada no dia de Pentecostes. Apesar de suas raízes religiosas, vários elementos populares foram incorporados à festa como a figura do Imperador, o levantamento do mastro e queima de fogos de artifícios.
Em todos os bairros de Marabá, há um grupo do Divino e os mais antigos estão no bairro do Amapá e Marabá Pioneira. As festividades do Divino Espírito Santo incluem cânticos, orações, danças, ofertas, devoção e fé.
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