 
 A origem do nome “Halloween”
Você sabe como surgiu o Dia das Bruxas, também conhecido mundialmente como Halloween? Celebrado em 31 de outubro, o feriado é tradicionalmente associado a fantasias, doces e decorações sombrias, mas sua origem está profundamente enraizada em antigos rituais europeus e tradições religiosas que atravessaram séculos até ganhar o formato moderno.

O nome “Halloween” vem da expressão inglesa “All Hallows’ Eve”, que significa “véspera de Todos os Santos”. No século VIII, o papa Gregório 3º mudou a data do Dia de Todos os Santos para 1º de novembro — uma tentativa de cristianizar o festival celta de Samhain, celebrado na mesma época e conhecido como o “fim do verão”.
Essa aproximação entre fé e paganismo fez com que antigas práticas sobrevivessem sob nova roupagem, unindo ritos cristãos e crenças ancestrais sobre a morte e o além.
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O festival celta de Samhain
O Samhain era um festival que durava três dias, iniciado em 31 de outubro, e celebrava a colheita e a passagem para o inverno — considerada a época em que o mundo dos vivos e o dos mortos se encontravam. Fogueiras eram acesas, alimentos eram oferecidos aos espíritos e acreditava-se que os mortos visitavam seus familiares.

Ao longo dos séculos, essas tradições evoluíram. Entre os séculos XV e XVIII, o Halloween começou a ganhar novos significados: fogueiras passaram a simbolizar proteção contra bruxas e doenças, e surgiram rituais de adivinhação que tentavam prever o futuro ou revelar o nome do futuro cônjuge.
O poeta escocês Robert Burns, em 1786, descreveu em seu poema Halloween algumas dessas práticas, que envolviam repolhos, maçãs e espelhos usados em jogos e superstições.
Da Europa à América: o Halloween viaja pelo mundo
Durante a Grande Fome Irlandesa, em 1845, milhões de irlandeses migraram para os Estados Unidos, levando consigo as tradições do Samhain e do Halloween.
Foi em solo americano que a festa ganhou os contornos que hoje conhecemos: as abóboras esculpidas, inspiradas na lenda de Jack O’Lantern, substituíram os nabos usados na Europa; os espantalhos e o milho, símbolos da colheita americana, foram incorporados às decorações; e a prática de “doces ou travessuras” tornou-se uma tradição infantil, popularizada após a Segunda Guerra Mundial.
O papel da cultura pop na popularização do Halloween
Na década de 1930, o Halloween ganhou ainda mais força na cultura americana, especialmente após o episódio da transmissão de A Guerra dos Mundos, de Orson Welles, em 1938. A dramatização radiofônica sobre uma invasão alienígena assustou o público e foi associada às brincadeiras típicas da data, consolidando o imaginário de medo e fantasia que acompanha o feriado até hoje.
A partir daí, o Halloween se tornou um fenômeno da cultura de massa, presente em filmes, séries, literatura e festas temáticas que transformaram a data em um verdadeiro espetáculo cultural.
Halloween hoje: entre o comércio e a tradição
Atualmente, o Halloween é o maior feriado não cristão dos Estados Unidos, movimentando bilhões de dólares em produtos, fantasias e doces. Desde 2003, o Brasil também celebra a data com um toque nacional: o Dia do Saci, criado por lei para valorizar o folclore brasileiro e promover figuras míticas como o Curupira e a Iara.

Mesmo com sua roupagem moderna, o Halloween conserva parte de suas antigas raízes: é um momento de brincar com os medos, refletir sobre a morte e celebrar o mistério. Uma data em que o sobrenatural se mistura à cultura, e o passado pagão continua vivo em cada abóbora iluminada.
Fonte: BBC News Brasil
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