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"HUMANIDADE MAIS BURRA"

Especialista alerta: infância está pior com smartphones

Psicólogo critica impactos das redes sociais e defende proibição do uso por menores de 16 anos em palestra.

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Imagem ilustrativa da notícia Especialista alerta: infância está pior com smartphones camera Para o especialista, a presença precoce dos dispositivos móveis representa um divisor de águas entre gerações. | Reprodução

Uma palestra realizada no Fronteiras do Pensamento, evento realizado em São Paulo, começou com um forte alerta sobre os impactos da era digital na saúde mental das novas gerações. Na noite da última segunda-feira (19), o psicólogo social Jonathan Haidt, professor da Universidade de Nova York e referência internacional no tema, afirmou que a infância está sendo radicalmente transformada — e não para melhor.

Durante a palestra realizada no auditório Ruy Barbosa, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Haidt destacou que crianças e adolescentes que cresceram com smartphones estão enfrentando um “novo e radical modo de crescer”, marcado por menos interação social, mais sedentarismo e dificuldades crescentes de concentração. “A humanidade está ficando mais burra no exato momento em que as máquinas estão ficando mais inteligentes do que nós”, afirmou.

De acordo com o especialista, a presença precoce dos dispositivos móveis representa um divisor de águas entre gerações. Haidt comparou o desenvolvimento de crianças nascidas em 1995 com as de 2000: enquanto a primeira teve um telefone sem internet e viveu parte da adolescência longe das redes sociais, a segunda cresceu com um smartphone nas mãos. “São apenas cinco anos, mas a diferença é enorme”, explicou.

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Haidt apresentou dados que mostram a redução significativa no tempo que adolescentes passam com amigos fora da escola desde a popularização dos smartphones. Segundo ele, o gráfico se assemelha ao da curva de isolamento social durante a pandemia de Covid-19. “A infância antes era sinônimo de brincar na rua, de encontros com os amigos. Agora ela se tornou solitária. Cada criança vai para casa com sua própria tela”, disse.

Além dos índices crescentes de ansiedade e depressão entre os jovens, o pesquisador chamou atenção para a queda na capacidade de atenção. “As crianças não conseguem mais se concentrar. O TikTok e o Instagram absorvem completamente sua atenção. É uma disputa desigual”, afirmou.

Frente a esse cenário que traz preocupação, Haidt defendeu a criação de políticas públicas para proteger crianças e adolescentes. Entre as propostas, estão a proibição do uso de redes sociais por menores de 16 anos e o adiamento do acesso a smartphones até os 14. “Espero que aqui no Brasil vocês também banam as redes sociais até os 16”, concluiu.

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