
A psoríase é uma doença inflamatória crônica que atinge cerca de 2% da população brasileira, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Mais do que um problema de pele, ela representa um desafio para a saúde física e emocional dos pacientes.
As manifestações mais visíveis da psoríase são lesões avermelhadas com escamas esbranquiçadas, que geralmente aparecem nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. No entanto, a doença envolve processos imunológicos complexos e pode ter períodos de agravamento e melhora, influenciados por fatores como estresse, infecções ou mudanças climáticas.
O diagnóstico precoce é essencial. “O diagnóstico é clínico, feito por um dermatologista experiente, e na maioria dos casos não há necessidade de exames”, explica a dermatologista Camila Sampaio. A biópsia, segundo ela, só é indicada quando há dúvidas quanto ao diagnóstico.
Veja também:
- Marmitas congeladas duram até 30 dias com esses cuidados
- Miomas uterinos: veja sintomas, exames e formas de prevenção
- Polícia cumpre mandado judicial em hospital de Marabá no PA
Entre os principais sinais da psoríase estão:
- Lesões em placas: a forma mais comum, com manchas vermelhas e escamosas;
- Alterações nas unhas: descolamento, fragilidade ou ondulações;
- Lesões no couro cabeludo: semelhantes à caspa, porém mais espessas;
- Psoríase gutata: pequenas gotículas inflamatórias após infecções;
- Psoríase invertida: lesões lisas e brilhantes em áreas úmidas.

A doença pode ainda se manifestar nas articulações (artrite psoriásica) e está associada ao aumento do risco de comorbidades como obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2 e depressão.
Tratamentos e avanços
De acordo com a dermatologista Thaísa Modesto, o tratamento da psoríase deve ser individualizado. “Já existem pesquisas em andamento que identificam exames genéticos e marcadores imunológicos capazes de prever a predisposição à doença e até ajudar na escolha do tratamento mais eficaz”, destaca.
Os tratamentos variam de acordo com a gravidade do quadro e podem incluir:
- Hidratantes e emolientes: para melhorar a barreira da pele;
- Medicamentos tópicos: como corticoides ou derivados da vitamina D;
- Fototerapia: exposição controlada à luz ultravioleta;
- Tratamentos sistêmicos: imunossupressores e retinoides;
- Medicamentos biológicos: atuam diretamente nos mecanismos imunológicos da doença.
Além das abordagens médicas, mudanças no estilo de vida são fundamentais. Alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas, sono de qualidade e controle do estresse ajudam a reduzir a frequência e a intensidade das crises.
Conhecer os próprios gatilhos é um passo importante para o controle da doença. Com o suporte médico e emocional adequado, é possível conviver com a psoríase com mais bem-estar e qualidade de vida.
Fonte: Metrópoles
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar