
A alienação parental tem se tornado uma preocupação crescente no Brasil, especialmente em casos de separação e divórcio. A prática, caracterizada pela manipulação psicológica de crianças e adolescentes para que rejeitem um dos genitores, é reconhecida como uma forma grave de violência psicológica.
De acordo com especialistas, os impactos podem ser duradouros, afetando o desenvolvimento emocional e social dos filhos. “A alienação parental se manifesta quando um dos pais programa sistematicamente a criança para odiar, temer ou rejeitar o outro genitor, utilizando técnicas que vão desde comentários depreciativos até a criação de falsas memórias”, explica o advogado Fernando Felix, especialista em direito de família.
Sinais de alerta
Entre os indícios mais comuns estão mudanças bruscas no comportamento da criança, recusa injustificada em visitar o genitor alienado e repetição de argumentos típicos de adultos. Também acendem o alerta atitudes como a desqualificação constante do ex-cônjuge na frente dos filhos, impedimento de visitas, denúncias infundadas de abuso, interceptação de ligações e falta de informações sobre a rotina escolar ou médica da criança.
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Esses comportamentos, segundo especialistas, comprometem não apenas a relação com o genitor alienado, mas também o equilíbrio emocional dos filhos.
Como agir diante de suspeitas
A recomendação de advogados e psicólogos é agir de forma rápida. Pais que identificarem sinais de alienação devem procurar orientação jurídica especializada e reunir provas, como mensagens, conversas e relatos de comportamento da criança.
A legislação brasileira prevê medidas para coibir a prática, incluindo advertência ao genitor responsável, ampliação do regime de convivência, aplicação de multas, acompanhamento psicológico e até alteração da guarda, em casos graves.
Direito à convivência familiar
A proteção da convivência familiar saudável é um direito fundamental das crianças, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Estudos indicam que a alienação parental pode resultar em baixa autoestima, dificuldades escolares e problemas de socialização.
“O que está em jogo é o desenvolvimento emocional equilibrado dos filhos. Garantir que ambos os pais sejam respeitados e valorizados é essencial, mesmo após a separação”, reforça Fernando Felix.
Campanhas educativas e ações de conscientização também têm sido apontadas como medidas necessárias para prevenir a prática e orientar famílias sobre os riscos da alienação parental.
Fonte: Diário do Pará
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