O termo "nem-nem" (de "nem trabalha, nem estuda") refere-se à população jovem fora do mercado de trabalho e de instituições educacionais. Equivale em espanhol ao termo "nini" (ni estudia, ni trabaja) e à sigla em inglês "NEET" para a expressão "not in education, employment, or training", algo como "fora da educação, emprego e formação profissional".
Esta é uma classificação do governo usada primeiramente no Reino Unido e que logo depois passou a ser utilizada em outros países, inclusive no Japão. No Reino Unido, o termo compreende pessoas com faixa etária entre 16 e 18 anos. No Japão, o termo compreende pessoas de idade entre 15 e 34 anos que são desempregadas, solteiras, não registradas na escola, não procuram trabalho ou o treinamento profissional necessário para trabalhar.
Pesquisa do IBGE divulgada nesta quarta-feira (6) mostra que 10,9 milhões dos adolescentes e jovens brasileiros, com idade entre 15 e 29 anos, não estudam e não trabalham.
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Isso significa que um a cada cinco brasileiros na faixa etária de 15 a 29 anos não está matriculado em escolas ou universidades, nem exerce alguma ocupação profissional.
Para o levantamento, a entidade considerou como “desocupados” aqueles que estão desempregados, à procura ou não de um trabalho. Esses dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), do IBGE, e são referentes ao ano de 2022.
Maioria dos brasileiros na situação são mulheres
A falta de trabalho e estudos é maior entre mulheres pretas e pardas. Entre os adolescentes e jovens que não estudam nem trabalham, há:
- 43,3% mulheres pretas ou pardas
- 24,3% homens pretos ou pardos
- 20,1% mulheres brancas
- 11,4% homens brancos
Segundo a pesquisa, a maior proporção de mulheres nessa situação tem relação com os afazeres domésticos e o trabalho como cuidadoras de parentes.
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