A doença de Newcastle é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que atinge tanto aves domésticas quanto silvestres, provocando inicialmente sintomas respiratórios e, posteriormente, manifestações nervosas, diarreia e edema na cabeça nestes animais.
“Dependendo da virulência da cepa viral, pode manifestar-se em diferentes graus de severidade, que variam desde uma infecção subclínica, onde os sintomas são inaparentes ou discretos, até uma doença fatal, que aparece repentinamente e resulta em alta mortalidade das aves”, explica a Defesa Agropecuáriaria do Estado de São Paulo, órgão da Secretaria de Agricultura do Estado.
A constatação de um foco da Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul alertou as autoridades brasileiras e provocou a declaração de emergência zoossanitária. Aves que apresentaram o vírus estavam em aviário comercial e seriam abatidas para consumo.
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O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul após a constatação de um foco da doença de Newcastle em um aviário comercial com 14 mil animais na cidade de Anta Gorda. A medida, publicada nessa sexta- feira (19), tem validade de 90 dias. Últimos casos da doença no Brasil haviam sido registrados em 2006.
Segundo o ministério, o estado de emergência "prevê uma vigilância epidemiológica de forma mais ágil com a aplicação dos procedimentos de erradicação do foco estabelecidos no Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle". Entre os procedimentos adotados, estão o sacrifício ou abate de todas as aves que apresentaram a doença; limpeza e desinfecção do local onde os frangos estavam alojados; definição de barreiras sanitárias, entre outras medidas.
Ministério garante segurança no consumo de produtos avícolas. Apesar do estado de emergência declarado, o Ministério da Agricultura garante que o consumo de frangos e ovos inspecionados pelo SVO (Serviço Veterinário Oficial) segue seguro para a população.
Segundo o ministro da Agricultura, não há necessidade de interrupção no consumo desses alimentos. Carlos Fávaro informou que foram tomadas todas as providências de isolamento das aves. "É importante tranquilizarmos a população que a Newcastle não é uma zoonose transmissível", declarou o ministro nessa sexta-feira (18).
Foco da doença está controlado.
Ainda segundo o Ministério, não há evidências de novos focos na região onde a Newcastle foi detectada. "Não há mortandade [número relevante de mortes] de animais no entorno do aviário e nenhum sintoma de que isso [a doença] se propagou", afirmou Fávaro.
Sintomas respiratórios e nervosos nos animais. A doença de Newcastle (DNC) atinge aves domésticas e silvestres. Nesses animais, os sintomas são sinais respiratórios seguidos por manifestações digestivas e nervosas. As aves contaminadas ficam mais ofegantes, com possíveis episódios de diarreia, torções nos membros e eventual evolução até a paralisia completa.
Há risco para humanos?
Caso alguém se infecte com o vírus da doença, é possível desenvolver doenças consideradas leves, como a conjuntivite. No organismo humano, o vírus não tem a tendência de evolução para um quadro grave como acontece com as aves.
Humanos podem ser vetores da doença. Apesar de não desenvolver um quadro perigoso em seu próprio organismo, a pessoa que tiver contato com uma ave contaminada por "levar" o vírus até uma ave saudável e contaminá-la. Esse contato pode ser via manipulação da ave ou mesmo com secreções e fezes.
Doença não tinha novos focos há 18 anos. Os últimos focos da doença de Newcastle haviam sido detectados em 2006 em aves nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
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