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PREOCUPAÇÃO

Brasil tem risco de apagão elétrico? Veja o que governo diz!

Falhas no abastecimento têm chamado a atenção para o setor elétrico diante da seca e redução nos reservatórios das hidrelétricas

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Imagem ilustrativa da notícia Brasil tem risco de apagão elétrico? Veja o que governo diz! camera Como as termelétricas têm uma operação mais cara, a Aneel determinou a aplicação da bandeira vermelha patamar 1 em setembro. | Reprodução

A situação do tempo seco, calor e estiagem (falta de chuva) em praticamente todo o Brasil começa a afetar os reservatórios hidrelétricos que são responsáveis por boa parte do abastecimento elétrico no país. Além deles, existem as usinas eólicas, as nucleares, as de geração solar e as termelétricas.

O cenário de abastecimento energético no Brasil tem sido permeado por fatores negativos nas últimas semanas. A seca avança, os reservatórios das hidrelétricas estão em baixa e um apagão deixou dois estados sem energia ao mesmo tempo no fim de agosto. Diante dessa situação, o Ministério de Minas e Energia (MME) diz estar atento à situação, afirma não haver risco de desabastecimento ou racionamento e que tenta reforçar o abastecimento.

Em resposta ao portal Metrópoles sobre a situação, o Ministério não afirma que há risco de desabastecimento, racionamento ou apagão em 2024 e 2025. A pasta explicou apenas que, com as ondas de calor, e, eventualmente, uma geração menor das usinas eólicas, as fontes de energia imediata, como as termelétricas, terão de ser mais demandadas.

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O ministério também informou que está “atento às condições de atendimento nos próximos meses” e segue reforçando o sistema de geração. “(O MME recomendou) à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a antecipação da Usina Termelétrica (UTE) Termopernambuco, inicialmente contratada para iniciar o suprimento em julho de 2026, para se tornar recurso disponível nos próximos meses”, respondeu, em nota.

Segundo dados do ONS, no último ano, os principais reservatórios de energia do Brasil registraram queda no nível de água.
📷 Segundo dados do ONS, no último ano, os principais reservatórios de energia do Brasil registraram queda no nível de água. |Reprodução/Metrópoles

Com a piora no cenário hidrológico, o Operador Nacional do Sistema (ONS) apresentou, na última quarta-feira (4), medidas para a “manutenção da garantia de atendimento”. Entre as propostas estão o acionamento de duas termelétricas e a entrada em operação de cinco linhas de transmissão. O ONS também recomendou, no fim de agosto, o acionamento, a partir de outubro, das usinas termelétricas.

Como as termelétricas têm uma operação mais cara, a Aneel determinou a aplicação da bandeira vermelha patamar 1 em setembro. Com isso, haverá acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.

Segundo dados do ONS, no último ano, os principais reservatórios de energia do Brasil registraram queda no nível de água. As hidrelétricas são dividas em quatro subsistemas: Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste e Sul.

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O subsistema que teve a queda mais abrupta foi o Sudeste/Centro-Oeste, que, comparando dados de agosto de 2023 e 2024, teve diminuição do nível de água em 23 pontos porcentuais (p.p.). Maior do país, ele atende a oito estados. Os subsistemas do Sul e Nordeste também apresentaram queda acentuada, 18 p.p. e 17 p.p., respectivamente. O Norte teve a menor queda, de apenas 2 p.p.

Diretora do Sindicato dos Engenheiros no Distrito Federal (Senge-DF), Fabyola Resende analisou documentos oficiais, como o Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034). “Não há previsão de risco imediato de desabastecimento, racionamento ou apagão relacionado à redução nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas”, resumiu.

Resende embasa a avaliação no fato de que há um monitoramento contínuo e mecanismos de solução, como as hidrelétricas. Mas faz uma ressalva. “A situação exige monitoramento contínuo para garantir que medidas adicionais sejam implementadas, caso necessário, visando manter a segurança do abastecimento energético”, afirma a profissional, que também é mestranda em Energia pela Universidade Nacional de Brasília (UnB).

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Relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta a necessidade de ampliação da potência a partir de 2027. “Considerando o tempo necessário para a implementação dessas soluções, o início imediato dessas providências é essencial”, pontua.

Seca

O último período de chuvas foi abaixo da média em boa parte do Brasil, por causa, principalmente, do El Niño. O boletim de seca do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) relativo a agosto considera que 3.978 mil cidades brasileiras apresentaram algum nível de seca. No país, o total de municípios é de 5.570.

O ministério também informou que está “atento às condições de atendimento nos próximos meses” e segue reforçando o sistema de geração.
📷 O ministério também informou que está “atento às condições de atendimento nos próximos meses” e segue reforçando o sistema de geração. |Reprodução/Metrópoles

Na análise do Cemaden, o Distrito Federal e mais 16 estados passam pela pior seca em 44 anos no Brasil. Os mais afetados são: Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins.

“Com as chuvas abaixo do esperado, há uma menor disponibilidade de recursos hidráulicos, especialmente na Região Norte do país, cuja contribuição para o atendimento à ponta de carga é fundamental”, ressaltou o ONS em um comunicado sobre a baixa nos reservatórios.

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Falhas

Outro fato recente e importante para o setor elétrico ocorreu no último dia 22/8. Os estados do Acre e Rondônia sofreram apagão no fim da tarde. Conforme o MME, o problema ocorreu às 16h47, e o fornecimento começou a ser restabelecido às 17h10. A situação de normalidade foi retomada às 20h40.

O MME divulgou que a perda no sistema foi de 187 Megawatts (MW) no Acre e 797 MW em Rondônia. No mesmo dia, em nota, afirmou apenas que “houve bloqueio de alguns ativos do sistema de transmissão”. O Metrópoles questionou o motivo específico do problema e foi orientado a procurar o ONS, que não explicou o ocorrido. O estado de Rondônia sofreu com outro apagão no último dia 1º de setembro.

Na tarde do último dia 31, um apagão deixou diversos bairros da capital São Paulo e de Guarulhos sem energia. Ao todo, 942 mil imóveis foram afetados. A falha no abastecimento teve como origem a queda de uma pipa em uma subestação.

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