plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 28°
cotação atual R$


home
SAÚDE E ALIMENTAÇÃO

Ultraprocessados podem ser taxados por riscos à saúde

Consumo de ultraprocessados causa 57 mil mortes por ano no Brasil. Estudo da Fiocruz aponta impacto econômico de R$ 10,4 bilhões anuais e alerta para políticas públicas urgentes.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Ultraprocessados podem ser taxados por riscos à saúde camera O impacto econômico também é alarmante, com prejuízos de R$ 10,4 bilhões anuais devido a custos com saúde, previdência e perda de produtividade | Reprodução / Shutterstock

Um estudo divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) revelou que o consumo de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos recheados e macarrão instantâneo, está relacionado a cerca de 57 mil mortes por ano no Brasil. O impacto desse tipo de alimento é tanto que especialistas sugerem que os mesmos sejam sobretaxados.

Segundo o estudo, isso corresponde a 10,5% de todos os óbitos registrados em 2019, o que equivale a seis mortes por hora. O impacto econômico também é alarmante, com prejuízos de R$ 10,4 bilhões anuais devido a custos com saúde, previdência e perda de produtividade.

Principais resultados do estudo

  • Impacto na saúde: Os alimentos ultraprocessados estão diretamente associados ao desenvolvimento de doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão. Apenas essas três condições representaram um custo direto de R$ 933,5 milhões ao SUS em 2019.
  • Perdas econômicas indiretas: A mortalidade precoce de pessoas em idade produtiva causou perdas de R$ 9,2 bilhões no período analisado.
  • Distribuição regional: Estados como Rio Grande do Sul (13%), Santa Catarina (12,5%) e São Paulo (12,3%) apresentaram prevalências de mortes relacionadas ao consumo desses produtos superiores à média nacional.
  • Gênero e mortalidade: Homens geram maior custo econômico pela mortalidade precoce (R$ 6,6 bilhões), enquanto mulheres apresentam maior uso de serviços de saúde (três vezes mais hospitalizações e tratamentos).

Impacto na infância:

Um levantamento da UFRJ apontou que 25% das calorias consumidas por crianças menores de 5 anos vêm de ultraprocessados. Isso evidencia o risco de aumento de doenças crônicas desde a infância, agravado pelo crescimento do consumo de alimentos hiperpalatáveis no Brasil.

Veja também:

Políticas públicas em debate e taxação:

Especialistas e organizações como a ACT Promoção da Saúde propõem medidas como:

  • Tributação seletiva: Aplicar impostos maiores a ultraprocessados e zerar tributos para alimentos naturais.
  • Educação alimentar: Campanhas para conscientizar sobre os riscos do consumo excessivo desses produtos.
  • Regulação de marketing: Restringir a publicidade de ultraprocessados, especialmente para o público infantil.

Apesar de avanços como a inclusão de refrigerantes no Imposto Seletivo na reforma tributária, os especialistas alertam que é necessário ampliar o alcance das políticas públicas para incluir outros ultraprocessados, garantindo maior proteção à saúde da população e redução dos impactos econômicos. A coordenadora Marília Albiero reforça que “tributar ultraprocessados reduz o consumo, diminui os gastos no SUS e ainda pode financiar iniciativas contra a fome”.

A pesquisa baseou-se em dados do SUS e do IBGE, considerando doenças e mortalidade relacionadas ao consumo de alimentos ultraprocessados.
📷 A pesquisa baseou-se em dados do SUS e do IBGE, considerando doenças e mortalidade relacionadas ao consumo de alimentos ultraprocessados. |Reprodução / Freepik

A pesquisa baseou-se em dados do SUS e do IBGE, considerando doenças e mortalidade relacionadas ao consumo de alimentos ultraprocessados. Segundo Eduardo Nilson, autor do estudo, os valores apresentados são conservadores, podendo ser ainda mais elevados caso fossem incluídos os custos de outras doenças associadas a esses produtos.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Brasil

    Leia mais notícias de Brasil. Clique aqui!

    Últimas Notícias