No Brasil, em 2024, um total de 456 crianças e adolescentes, de zero a 19 anos, perderam a vida em acidentes domésticos, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). As principais causas foram riscos acidentais à respiração, com 213 ocorrências, seguidos de afogamentos e submersões acidentais (104), exposição a corrente elétrica, radiação ou pressão extrema (33), quedas (29) e exposição à fumaça, fogo ou chamas (23).
Para o médico especialista em primeiros socorros Paulo Guimarães, os números alarmantes reforçam a necessidade de maior atenção dos responsáveis e de ações preventivas eficazes. “A prevenção é sempre o caminho mais eficaz." Ele diz ainda que a realização de pequenas mudanças no ambiente doméstico e uma supervisão mais atenta podem evitar tragédias.
Medidas de prevenção
Guimarães destaca que atitudes simples podem reduzir significativamente os riscos. A instalação de protetores de tomada, a supervisão constante em locais com água, como piscinas e banheiras, e a manutenção de objetos pequenos fora do alcance das crianças são algumas das medidas fundamentais para evitar acidentes.
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Além disso, ele enfatiza a importância de os pais e responsáveis estarem preparados para agir em situações de emergência. “Saber realizar manobras como a desobstrução das vias aéreas ou a reanimação cardiopulmonar pode salvar vidas. Cursos rápidos de primeiros socorros estão disponíveis em diversas cidades e devem ser encarados como uma prioridade para quem convive com crianças”, explica o especialista.
Risco também fora de casa
Além do ambiente doméstico, locais como escolas, parques e centros comerciais também podem ser cenários de acidentes. Engasgos, quedas e choques elétricos são algumas das ocorrências mais comuns nesses espaços. Para minimizar os riscos, Guimarães destaca a importância de capacitar professores e profissionais que lidam com crianças.
“Capacitar educadores e funcionários de espaços públicos é essencial para garantir a segurança de crianças e adolescentes. tanto nas escolas quanto em locais de grande circulação, como shoppings, empreendimentos empresariais e até mesmo condomínios residenciais”, pontua o médico.
Diante dos dados preocupantes, especialistas reforçam que investir em prevenção e capacitação é o caminho mais seguro para reduzir o número de fatalidades e garantir um ambiente mais protegido para os jovens.
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