
Por mais breve que seja, o momento da seleção para uma vaga de emprego pode definir o futuro de quem busca uma recolocação ou deseja crescer na carreira. É nessa etapa que o recrutador avalia o alinhamento entre o que as empresas precisam e o que os candidatos oferecem. Mas o que realmente faz um profissional ser lembrado?
Segundo a diretora da Gestor Consultoria, Nara d’Oliveira, o destaque começa antes mesmo da entrevista. “O primeiro passo é um currículo bem construído: claro, objetivo e com foco nas informações que o recrutador precisa. O currículo vende o que o candidato sabe fazer, por isso, deve incluir experiências, atividades-chave, idiomas, cursos relevantes e, principalmente, um objetivo profissional claro”, explica.
Nara orienta que o currículo seja linear e direto, sem cores, fotos ou excesso de informações pessoais. “Assinatura, referências e documentos não são necessários. Apenas CPF, endereço completo, nome e formas de contato já bastam”, afirma.
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Além de um bom currículo, conhecer a empresa antes da entrevista é essencial. “Estude os valores, missão, produtos e histórico da organização. Se possível, converse com alguém que já trabalhou lá. Só assim o candidato poderá mostrar aderência à vaga e à cultura da empresa”, recomenda.
Ela explica que, embora a formação técnica seja importante, empresas têm valorizado cada vez mais o chamado "fit cultural" — ou seja, o quanto o perfil do profissional se alinha aos valores da empresa. “É preciso explorar não apenas as competências técnicas, mas também as comportamentais que estejam de acordo com a vaga e com a empresa”, reforça.
Durante a entrevista, a postura e o comportamento também contam muito. Nara aconselha objetividade, fluidez e autenticidade nas respostas. “Evite respostas curtas como ‘sim’ ou ‘não’. Desenvolva o raciocínio. Quando o recrutador disser ‘me conte sobre sua carreira’, fale do início, das experiências e aprendizados”, orienta.
Com o avanço das entrevistas online, alguns cuidados técnicos são fundamentais. “Cerca de 80% das entrevistas iniciais são feitas à distância. O candidato deve testar câmera e microfone com antecedência, estar em um ambiente iluminado e ajustar a câmera de modo que apareça da cintura para cima”, detalha.
Quanto à linguagem corporal, Nara recomenda empatia e postura firme, sem exageros ou intimidade excessiva. “Se cometer um erro, peça desculpas e corrija com naturalidade. Não é necessário se justificar demais”, pontua.
A honestidade também é um ponto valorizado por recrutadores. Junior Lopes, presidente executivo da Associação Brasileira de Recursos Humanos – seção Pará (ABRH-PA), afirma que reconhecer erros com tranquilidade pode demonstrar maturidade emocional. “Se a resposta for confusa ou incompleta, aproveite outra pergunta para esclarecer. Ou, se necessário, envie um e-mail de agradecimento e reforce os pontos importantes”, sugere.
Lopes destaca ainda que a comunicação não verbal influencia diretamente na percepção do recrutador. “Evite postura fechada, braços cruzados e tom de voz baixo. Mantenha contato visual e gestos naturais”, orienta.
Para se destacar, ele recomenda que o candidato conecte suas experiências com as exigências da vaga por meio de exemplos práticos. “Não basta listar habilidades. Conte histórias reais, mostre resultados alcançados, fale de desafios superados. Isso torna a apresentação mais convincente e demonstra maturidade profissional”, finaliza.
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