
A primeira etapa da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Kayapó (OD-TIKAY), no Pará, foi concluída com resultados significativos no combate ao garimpo ilegal e na proteção dos povos indígenas da Amazônia. Com atuação integrada de mais de 20 órgãos federais, a operação inutilizou 1.384 estruturas ilegais — mais que o dobro da meta inicial de 650 alvos — e impôs um prejuízo estimado de R$ 97,3 milhões às atividades criminosas.
Liderada pela Casa Civil da Presidência da República, a ação também resultou em uma queda de 96% nos alertas de garimpo e de 95% no desmatamento na região, reforçando o compromisso do governo com a preservação ambiental e a defesa dos povos originários.
“A operação reafirma o compromisso do Governo Federal com a proteção dos povos indígenas, o enfrentamento ao crime organizado e a defesa da Amazônia”, destacou Nilton Tubino, coordenador-geral da OD-TIKAY.
Veja também:
- Homem é preso com drogas após briga em kitnet de Redenção
- Ozzy Osbourne: O homem que fez da escuridão sua obra
- Vídeo: queimadas são registradas nesta segunda (28) em Marabá
Balanço da operação:
- 1.384 estruturas inutilizadas, incluindo 967 barracos, 117 acampamentos e 406 motores;
- 686 ações de campo (terrestres, aéreas e fluviais);
- 25 escavadeiras hidráulicas destruídas;
- R$ 164,5 mil em multas aplicadas;
- 22,8 mil litros de óleo diesel e 63g de ouro apreendidos;
- 257 kg de cocaína e 238 kg de pasta-base interceptados em rodovias federais;
- 4 caminhões apreendidos com 217 m³ de madeira ilegal.
A operação também já mostra efeitos positivos no meio ambiente, com a melhoria da qualidade da água em rios como o Rio Fresco, após a remoção de dragas utilizadas no garimpo.
Permanência e próximos passos
A Força Nacional e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) permanecerão na região para evitar o retorno de invasores. Ao mesmo tempo, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) irá apresentar um plano de sustentabilidade para as comunidades da TI Kayapó no período pós-desintrusão.
“A operação demonstra a importância do Estado proteger os povos indígenas e garantir o usufruto exclusivo dos seus territórios”, afirmou Marcos Kaingang, secretário nacional de Direitos Territoriais Indígenas do MPI.

A ação cumpre decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF 709, que determina a retirada de invasores de terras indígenas como medida urgente para conter a destruição ambiental e proteger a vida dos povos originários.
Sobre a Terra Indígena Kayapó
Homologada em 1991, a Terra Indígena Kayapó abrange 3,28 milhões de hectares em quatro municípios do Pará: São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Cumaru do Norte e Bannach. O território é habitado por 6.365 indígenas dos povos Mebengôkre (Gorotire, Kôkraimôrô, KubenKranKrên) e grupos isolados na região do Rio Fresco.

Esta foi a oitava operação de desintrusão realizada pelo governo federal desde o início de 2023, incluindo ações em curso na Terra Indígena Yanomami.
Fonte: Agência Gov
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar