Mulher descobre que queimação é causada por vermes no cérebro

Uma mulher de 30 anos, dos Estados Unidos, foi diagnosticada com meningite eosinofílica, uma rara doença provocada por vermes parasitas no cérebro. O caso, revelado no The New England Journal of Medicine na última quarta-feira (12/2), ocorreu após a paciente apresentar uma sensação de queimação nos pés, que piorou com o tempo. O episódio começou uma semana após o retorno de uma viagem à Tailândia, Japão e Havaí.

Inicialmente, a mulher não sabia a origem dos sintomas e procurou atendimento médico diversas vezes. Após ser tratada com anti-inflamatórios e analgésicos, os sintomas se agravaram, com dor nos pés, braços, febre leve e dores de cabeça intensas. Ao tomar um comprimido de zolpidem, medicamento para insônia, passou a apresentar confusão mental, o que levou à realização de exames.

A análise revelou a presença do parasita Angiostrongylus cantonensis, responsável pela meningite eosinofílica. Esse verme é comum em moluscos, como o caramujo gigante africano, e pode ser ingerido por humanos ao consumir alimentos contaminados, como frutas e vegetais mal higienizados ou sushis crus. A paciente provavelmente foi infectada durante sua estadia no Havaí, onde teve contato com alimentos crus.

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O parasita e os riscos da meningite eosinofílica

A Angiostrongylus cantonensis afeta principalmente roedores e moluscos, mas os humanos podem ser contaminados ao ingerir alimentos contaminados com larvas do parasita. A maioria das infecções é assintomática, mas em casos graves, o verme pode afetar o cérebro, causando dores de cabeça, rigidez no pescoço, vômitos e problemas cerebrais, podendo levar à morte.

O tratamento consiste no uso de corticosteroides e medicamentos antiparasitários, como o albendazol. A paciente, que ficou internada por seis dias, teve uma recuperação significativa.

Prevenção e cuidados

Especialistas alertam para a importância da higienização adequada dos alimentos, especialmente em áreas endêmicas de parasitas. A água sanitária diluída pode ser eficaz na desinfecção de frutas e vegetais, reduzindo o risco de contaminação. A falta de cuidados pode resultar em infecções graves, como a meningite eosinofílica, uma condição rara e potencialmente fatal.