
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU, divulgou nesta quarta-feira (19) que 2024 foi o ano mais quente dos últimos 175 anos. O relatório revelou que, pela primeira vez, a temperatura global superou 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais (1850-1900), estabelecendo um recorde preocupante para o planeta.
Aquecimento recorde e suas causas
O aumento da temperatura foi impulsionado por fatores como o crescimento das emissões de gases do efeito estufa e a alternância entre os fenômenos climáticos La Niña e El Niño. Segundo os cientistas, a concentração atmosférica de dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄) e óxido nitroso (N₂O) atingiu os níveis mais altos dos últimos 800 mil anos.
Além disso, 90% da energia retida pelos gases poluentes foi absorvida pelos oceanos, resultando na maior taxa de aquecimento das águas marinhas dos últimos 65 anos. O nível do mar também apresentou uma elevação acelerada, dobrando o ritmo de crescimento registrado entre 1993 e 2002.
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Impactos nas geleiras e ecossistemas
Os efeitos das mudanças climáticas foram evidentes nos polos:
- A Antártica registrou as menores extensões de gelo dos últimos três anos;
- O Ártico teve as 18 menores extensões de gelo nos últimos 18 anos; e
- As geleiras perderam massa em um nível sem precedentes.
Essas alterações impactam diretamente o equilíbrio ambiental e contribuem para eventos climáticos extremos ao redor do mundo.
Crise alimentar e impactos sociais
O aumento das temperaturas e os fenômenos meteorológicos extremos agravaram crises alimentares em pelo menos 18 países. Segundo o relatório, esses impactos foram intensificados por conflitos geopolíticos e pela alta dos preços dos alimentos, colocando milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.
O alerta da ONU
O secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou a urgência de medidas globais para conter o avanço da crise climática.
"Os líderes mundiais precisam agir para limitar o aumento da temperatura global. Ainda há tempo para evitar os piores cenários, mas isso exige o uso de energias renováveis e políticas climáticas mais ambiciosas.”
O relatório da OMM foi elaborado com contribuições de serviços meteorológicos, hidrológicos e especialistas da ONU, reforçando a necessidade de ações concretas para mitigar os impactos do aquecimento global.
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