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ALERTA GLOBAL

2024 foi o ano mais quente em 175 anos, alerta ONU

Relatório aponta que temperatura global ultrapassou 1,5 °C acima do nível pré-industrial pela primeira vez, impulsionada pelo aumento das emissões de gases do efeito estufa e pelo fenômeno El Niño.

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Imagem ilustrativa da notícia 2024 foi o ano mais quente em 175 anos, alerta ONU camera O aumento da temperatura foi impulsionado por fatores como o crescimento das emissões de gases do efeito estufa e a alternância entre os fenômenos climáticos La Niña e El Niño. | Reprodução

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU, divulgou nesta quarta-feira (19) que 2024 foi o ano mais quente dos últimos 175 anos. O relatório revelou que, pela primeira vez, a temperatura global superou 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais (1850-1900), estabelecendo um recorde preocupante para o planeta.

Aquecimento recorde e suas causas

O aumento da temperatura foi impulsionado por fatores como o crescimento das emissões de gases do efeito estufa e a alternância entre os fenômenos climáticos La Niña e El Niño. Segundo os cientistas, a concentração atmosférica de dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄) e óxido nitroso (N₂O) atingiu os níveis mais altos dos últimos 800 mil anos.

Além disso, 90% da energia retida pelos gases poluentes foi absorvida pelos oceanos, resultando na maior taxa de aquecimento das águas marinhas dos últimos 65 anos. O nível do mar também apresentou uma elevação acelerada, dobrando o ritmo de crescimento registrado entre 1993 e 2002.

Veja também:

Impactos nas geleiras e ecossistemas

Os efeitos das mudanças climáticas foram evidentes nos polos:

  • A Antártica registrou as menores extensões de gelo dos últimos três anos;
  • O Ártico teve as 18 menores extensões de gelo nos últimos 18 anos; e
  • As geleiras perderam massa em um nível sem precedentes.

Essas alterações impactam diretamente o equilíbrio ambiental e contribuem para eventos climáticos extremos ao redor do mundo.

Crise alimentar e impactos sociais

O aumento das temperaturas e os fenômenos meteorológicos extremos agravaram crises alimentares em pelo menos 18 países. Segundo o relatório, esses impactos foram intensificados por conflitos geopolíticos e pela alta dos preços dos alimentos, colocando milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.

O alerta da ONU

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou a urgência de medidas globais para conter o avanço da crise climática.

"Os líderes mundiais precisam agir para limitar o aumento da temperatura global. Ainda há tempo para evitar os piores cenários, mas isso exige o uso de energias renováveis e políticas climáticas mais ambiciosas.”

O relatório da OMM foi elaborado com contribuições de serviços meteorológicos, hidrológicos e especialistas da ONU, reforçando a necessidade de ações concretas para mitigar os impactos do aquecimento global.

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