
Com a morte de papa Francisco, aos 88 anos, a Igreja Católica inicia os preparativos para um novo conclave, que deve ocorrer entre 15 e 20 dias após o falecimento. A expectativa gira em torno dos cardeais com direito a voto, até 120 ao todo, que serão reunidos em sigilo na Capela Sistina, no Vaticano, para escolher o próximo líder da Igreja. O escolhido precisará receber pelo menos dois terços dos votos.
Entre os elegíveis, o Brasil aparece com força. O país conta com oito cardeais relevantes, sendo sete com direito a voto, o que reacende a possibilidade histórica de um pontífice brasileiro. Com o maior número de católicos do mundo, o Brasil nunca teve um papa, mas agora tem nomes reconhecidos internacionalmente por suas trajetórias e atuações pastorais e políticas.
Confira quem são os oito cardeais brasileiros:
- Dom Jaime Spengler – Atual arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, tem 64 anos e foi nomeado cardeal por Francisco em 2023.
- Dom João Braz de Aviz – Aos 77 anos, é veterano da Cúria Romana e já participou do conclave de 2013. Foi prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada.
- Dom Leonardo Ulrich Steiner – Arcebispo de Manaus e primeiro cardeal da Amazônia, aos 74 anos, defende os povos originários e a preservação da floresta.
- Dom Odilo Pedro Scherer – Arcebispo de São Paulo, tem 75 anos e é um dos nomes mais influentes da Igreja na América Latina. Já foi cogitado como sucessor papal em 2013.
- Dom Orani João Tempesta – Aos 74 anos, o arcebispo do Rio de Janeiro é lembrado por receber Francisco na Jornada Mundial da Juventude, em 2013.
- Dom Paulo Cezar Costa – Com 57 anos, é o mais jovem entre os cardeais brasileiros com direito a voto. Arcebispo de Brasília, é considerado um nome técnico e moderno.
- Dom Raymundo Damasceno Assis – Arcebispo emérito de Aparecida, tem 88 anos e, embora não possa votar, ainda pode ser eleito. Participou do conclave que escolheu Francisco.
- Dom Sérgio da Rocha – Aos 65 anos, é arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil. Com perfil discreto e articulado, foi nomeado cardeal em 2016.
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Processo de votação
Durante o conclave, três cardeais são designados como escrutinadores da votação e outros três como revisores. Após cada rodada de votos, os papéis são queimados: fumaça preta indica que não houve consenso, enquanto a fumaça branca anuncia ao mundo a eleição do novo papa.
A escolha do novo pontífice é um momento de intensa expectativa global. Caso um brasileiro seja eleito, será um marco histórico — tanto para o país quanto para a Igreja Católica, que pode ganhar um líder com raízes no maior país católico do mundo.
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