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GREVE NAS REDES

45% dos jovens são afetados por redes sociais no Brasil

Greve das redes sociais pede pausa coletiva para refletir sobre os efeitos da internet na saúde mental, na disseminação de discursos de ódio e os impactos na infância.

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Imagem ilustrativa da notícia 45% dos jovens são afetados por redes sociais no Brasil camera A proposta da campanha ganha força após a morte de Sarah Raissa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, que inalou desodorante como parte de um desafio popularizado no TikTok. | Reprodução

Uma pesquisa divulgada no fim de 2023 pelo Instituto Cactus em parceria com a AtlasIntel revelou que 45% dos jovens brasileiros, com idades entre 16 e 24 anos, sofrem impactos negativos das redes sociais em sua saúde mental. A ausência de uma regulação mais rígida sobre o funcionamento dessas plataformas tem contribuído para a disseminação de discursos de ódio, crimes e desafios perigosos, muitos deles com consequências trágicas, como a morte de crianças.

Diante desse cenário, uma campanha batizada de “24 horas sem Redes Sociais – Greve das Redes” propõe uma pausa voluntária no uso dessas plataformas durante 24 horas, a partir da meia-noite desta segunda-feira (21). A ação é liderada pela psicanalista Vera Iaconelli e pelo designer e ativista Pedro Inoue. Este último também atua como diretor criativo da organização canadense Adbusters, conhecida por seus movimentos de crítica à cultura digital.

“O conteúdo das redes é produzido por nós, os usuários. Mas ele é impulsionado por algoritmos viciantes, pensados para capturar nossa atenção e gerar lucro – às custas do nosso bem-estar. Somos explorados e dependentes dessas plataformas para nos informar, comunicar, trabalhar e existir socialmente. Mas temos um poder: parar”, escreveu Vera em seu perfil no Instagram.

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A psicanalista defende que é preciso agir com mais firmeza e cobrar a regulação das redes sociais e de seus modelos de negócio, os quais, segundo ela, “distorcem a subjetividade, alimentam o ódio e incitam a violência”.

A proposta da campanha ganha força após a morte de Sarah Raissa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, que inalou desodorante como parte de um desafio popularizado no TikTok. O caso reacendeu o debate sobre os riscos da exposição infantil nas redes sociais. A primeira-dama Janja Lula da Silva comentou a tragédia, afirmando que a criança “morreu devido a um desafio ignorante feito pelas redes sociais” e que é necessário “repensar o mundo que estamos construindo”.

Além dos desafios perigosos, as redes também têm servido como espaço para a articulação de crimes. No último domingo de Páscoa, a Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, desmontou uma organização criminosa que pretendia assassinar um morador de rua e transmitir o crime pela internet.

Segundo a corporação, o grupo utilizava a plataforma Discord para promover conteúdos violentos como maus-tratos a animais, indução à automutilação, estupro virtual, racismo e incitação ao crime, tratando essas ações como formas de “entretenimento”. Os investigadores alertaram que os atos têm causado graves consequências no mundo real, especialmente para mulheres, negros e adolescentes.

Paralelamente, algumas das maiores plataformas digitais têm flexibilizado suas políticas de moderação. No início deste ano, a Meta anunciou o fim de seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos, substituindo-o por um sistema de “Notas da Comunidade”, modelo semelhante ao adotado na rede X (ex-Twitter), sob gestão de Elon Musk.

Para os organizadores da greve digital, o objetivo é provocar reflexão e mobilizar a sociedade para exigir mudanças estruturais no modo como as redes operam. “Desligar por um dia é uma forma simbólica, mas poderosa, de dizer: basta”, defende Vera Iaconelli.

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